sábado, 11 de outubro de 2008

Flamengo sem LUBRAX

A Nação Rubro-Negra ais uma vez deu uma demonstração de força e amor ao clube de regatas do Flamengo. Até sexta-feira, pouco mais de 60 mil ingressos já haviam sido vendidos nos postos credenciados e no Estádio do Maracanã, ou seja, um dia antes da partida quase todos os lugares do ais importante estádio do mundo estavam comprados. É ou não é uma demonstração de força de uma marca chamada Flamengo.
Durante a semana a mídia repercutiu o chamados dos jogadores e dirigentes, que pediram exaustivamente que a torcida comparecesse ao Maracanã e ajudasse a empurrar o time nessa reta final do Campeonato Brasileiro. A maior torcida do planeta respondeu e lotou o estádio na partida do Flamengo contra o Atlético Mineiro.
Chamo a atenção dos dirigentes e empresários que passam grande parte do seu tempo buscando nichos (novos mercados) para escoar sua produção de produtos ou serviços. Ora, a exposição de uma marca diante da mais de 35 milhões de torcedores em todo o Brasil não é o suficiente? Eu conheço pessoas que não perguntam o preço do óleo combustível no momento da troca. – Chefia, coloca o LUBRAX e troca os filtros. Apenas para citar um patrocinador, dos poucos que vincularam, suas marcas, a marca Flamengo. O retorno é bom? Sim, são anos de parceria e agora tanto o Flamengo quanto a Petrobrás ficam ai jogando para a torcida quem tem razão. Na minha opinião o Flamengo. Depois da demonstração de força de reação no campeonato nacional de 2007, dos recorde de público e renda em todos os estádios que jogou. Esse ano, o apelo da Copa Libertadores, o Campeonato Carioca, ao vencer o Botafogo e, a constante permanência entre os quatro primeiros do Brasileirão, desde o seu início. Isso significa está estampado em todos os jornais, em programas esportivos de Tv e das jornadas esportivas das rádios por todo o Brasil. Quem estava diariamente presente no noticiário? O patrocinador, é claro.
Sim leitor, a Petrobras está a reboque da marca Flamengo, onde quer que ele vá. Se a empresa de petróleo tiver que pagar diariamente para inserir nas programações de rádio, tv e jornal, só para citar a mídia de massa, suas peças comerciais, quanto ela terá que desembolsar? Milhões de dólares, muito mais do que se gasta com o patrocínio nas camisas do Flamengo.
Todo esse chororó envolvendo Flamengo e Petrobrás não passa de uma pequena queda de braço, afinal um não vive mais sem o outro. Já imaginou arroz sem feijão? Churrasco sem cerveja? Praia sem mulher? Flamengo sem LUBRAX?
MLarosa

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Entre os seus dedos

Marco Larosa

O futebol é um esporte diferenciado, não só pelo espetáculo que proporciona aos seus torcedores como a divergência de opiniões que ele promove. Tudo isso por que a preferência nacional esportiva mexe com a emoção humana, mais do que qualquer outra modalidade seja coletiva ou individual. Leigos torcedores como profissionais da crônica esportiva, que também torcem, é claro, não escondem essa paixão futebolística.
O Flamengo iniciou o Campeonato Brasileiro vencendo e se manteve na frente por algumas rodadas. Seus torcedores e parte da crítica esportiva apontavam o rubro-negro como o time a ser batido. Em 2009 estaremos de volta a Taça Libertadores, agora como campeões do Brasil....coisas assim. Com a venda de seus principais (?) jogadores, segundo os jornalistas de Platão, como Souza, Marcinho e Renato Augusto, caiu de produção e despencou na tabela, permanecendo ali entre a sétima e oitava posições. Pronto, foi motivo de sobra para protestos com direito a bomba, ao estilo “Bin Laden”, e ouvir da mesma crônica que o “cavalo paraguaio” mancava na pista de grama do Hipódromo da Gávea, diria nosso turfista, Zarani.
O sinal de tempestade foi acionado na Gávea e seus dirigentes temendo dias sombrios e explosivos, iniciaram um processo de caça aos craques(?) com uma metodologia bem curiosa, a do conta-gotas, ou seja, um nome e uma possibilidade, mas nada de concreto. Pronto, foi o suficiente para gerar pautas jornalísticas e subir os picos de audiências, nas programações esportivas de rádio e Tv. Os jornais, não tão imediatos, procuravam se aprofundar nas notícias e dissecar o perfil do possível contratado do Mengão. Vagnes Love(?), Morales(?) e Felipe ancoravam a barca da Cantareira que aportaria no Rio. O tempo passou..., passou... e nada. A barca chegou, mas trazendo jogadores com nomes no diminutivo sem o mesmo glamour dos anteriores, mas até que resolveram a parada. O time voltou a vencer e convencer, inclusive fora de casa e o resultado está ai, disputando palmo a palmo com o outro carioca, o Botafogo, a quarta posição na tabela e a vaga no G4.
A torcida, bem voltou a sorrir e apoiar o time. A crônica anda meio desconfiada, afinal o Flamengo ainda não está com sua força máxima em campo. Os reforços foram regularizados agora e para colocar em “cheque” o poder de reação do Mengão, uma partida enjoada hoje contra o São Paulo, no Morumbi. Se o Flamengo vencer, e espero que vença, vai sem dúvida disputar a liderança da competição e se tornar campeão nacional. Caso contrário, vai disputar a Libertadores no ano que vem sim, mas vai ficar vendo mais um titulo passar em sua vida, ou melhor, entre os seus dedos.

Isso é Marketing Esportivo

Papo com o leitor
Marco Larosa

O que aconteceu com o Fluminense? Nada demais. Calma, torcedor. Existiu uma disputa e o Tricolor obteve a oportunidade, pela segunda vez, de tentar erguer a taça de campeão da Copa Libertadores, mas não foi feliz. Por quê pela segunda vez? Bem, na primeira, em Quito, a Liga Deportiva Universitária-LDU ganhou por 4 a 2. O Fluminense deu muita sorte, pois o time equatoriano resolveu garantir o resultado e reduziu o ritmo de jogo. Caso contrário, a vitória poderia ser de 6 a 2. Aí, a LDU jogaria no Maracanã com a faixa da campeão no peito, para mais de mil pessoas no maior e mais belo estádio do mundo.
A segunda chance existiu e o técnico Renato Gaúcho, na minha opinião, foi fundamental para que o estádio estivesse lotado, com mais de 80 mil pessoas. Motivou o jogo, com frases de efeito, afirmativas que para muitos parecia arrogância e prometeu o título. Caro torcedor e leitor onipotente, sei que é difícil, para muitos, conseguir desempenhar mais de uma função na vida e na profissão, então resta criticar quem sabe. O Renato foi um craque de bola, é um ótimo técnico, acima de tudo, sabe promover uma partida como ninguém. Isso é marketing.
O Renato é o técnico que todos os clubes gostariam de possuir em seus quadros. Ele sabe promover um jogo, motivar jogadores e torcedores. Afinal, foi 4 a 2 em Quito, logo, como motivar o torcedor para apoiar a equipe ao ponto de lotar o Maracanã? O Fluminense tinha chance de fazer os três gols necessários? Sim leitor, tanto que marcou todos na noite de quarta-feira, mas futebol é jogado por mais 11 do outro lado e esqueceram que a LDU tem ataque. Foi 3 a 1 e o time das Laranjeiras não conseguiu o resultado esperado.
Ah, sim. O Renato Gaúcho é o técnico ideal para as pretensões do patrocinador. Ele atrai para si a mídia, que esquece até dos jogadores. Ele veste a camisa do time até na beira do gramado, estampando assim a marca do patrocinador em todos os momentos que as lentes midiáticas estão focadas nele, como no chororó midiático n gramado do Maracanã ao final da partida contra o Boca Juniors da Argentina. No mundo globalizado, onde qualquer coisa pode se tornar um grande produto de consumo, não existe mais lugar para pessoas que não conseguem ser multifacetados, seja no jornalismo, na administração, na educação e por que não, no futebol. Isso é Marketing esportivo.

Será o apocalipse?

Os cariocas estão em ação no Campeonato Brasileiro buscando, nesse final de emana em busca de uma melhor posição na tabela. Dois brigam pela ponta da competição, Flamengo e Botafogo. Outros dois lutam, veja bem, lutam mesmo, para não cair para a segunda divisão do Brasileirão, Vasco e Fluminense.
Vamos supor que o campeonato termine nesse domingo. Imagine você leitor como será a segunda-feira? Eu diria de frustração. As quatro torcidas estarão mais uma vez com o grito de campeão sufocado na garganta, tendo que engoli-lo seco, goela a baixo. E para piorar, as torcidas do Fluzinho e Vasquinho (assim gritarão os rivais) amargando as gozações e a vergonha que os times do coração, de tantas glórias e conquistas, estarão proporcionando a cada um dos seus fieis seguidores.
Nós cariocas vamos assistir momentos de lágrimas e dor, por parte dos torcedores mais apaixonados. Revolta e indignação, por parte daqueles que ainda tem esperança em dias melhores na maior competição do país. Violência e depredações, por parte daqueles que se utilizam das torcidas organizadas para esconder todo o vandalismo e descontentamento com a sociedade que interagem. Dirigentes pedirão proteção policial. A oposição gritará: - Pega ladrãooo! Cadê o dinheiro do clube? Onde foi parar a verba do patrocinador? Muros pixados com palavras de ordem: Fora, fulano! Morra, beltrano! E os jogadores? Ouvirão seus nomes vinculados a outros, que não posso escrever aqui. Verão seus carros pixados e quebrados. Jogadores desvalorizados comercialmente e marcados porque não defenderam seus times com garra e suor no momento decisivo.
Sei que parte da cidade vai rir muito, farão piadas e vão se acabar de tanta gozação contra os tradicionais rivais, uma característica tão carioca quanto o arroz com feijão. Mas será uma segunda-feira trágica para o futebol do Rio de Janeiro.
Epa! Para com isso, ô Marco Nostradamus Larosa. Vira essa boca, ou melhor esse teclado para lá. Ta agourando o Fluminense e o Vasco?
Não, caro torcedor. Se tal fato acontecer, acredito que com a chegada do verão (do sol, da praia e da cerveja) tudo passe. Com os presentes de Papai Noel e com a festa de Momo, o grandioso carnaval, as magoas serão esquecidas e a alegria estará de volta aos rostos dos cariocas. O que me preocupa é que os dirigentes esportivos também sabem disso, ou melhor, contam com isso para ir empurrando com a barriga suas administrações caóticas, e com isso, o Campeonato Carioca pode se tornar um fiasco. Uma competição de dois times, sem investimentos e grandes jogadores, sem o glamourt que só o nosso campeonato possui. Uma competição de segunda.
Será o apocalipse?

sábado, 21 de junho de 2008

Não empolga ninguém

Acompanhando a Copa do Mundo de 2008, noto que o futebol dos europeus está se assemelhando ao que praticamos aqui em terras tupiniquins. Nossos astros, ou melhor, nossos jogadores que se destacaram os gramados nacionais, parece que agregaram valor ao futebol praticados em gramados europeus.

Epa! Larosa, que Copa do Mundo? Você está escrevendo sobre a Eurocopa?

Verdade caro leitor, estou escrevendo sobre a Euro 2008, que nada mais é que a Copa do Mundo sem as principais, e por que não dizer, as melhores seleções do Mundo: Brasil e Argentina. Então essa copinha disputada na Europa, caro leitor, vem mostrando que o futebol força, praticado por grande parte das seleções do torneio, está um pouco mais talentoso. Enquanto isso, por aqui, nas eliminatórias para a Copa do Mundo, o futebol está um pouco mais horroroso. Com a palavra o técnico Dunga. Bem, como o técnico da Seleção Brasileira não respondeu, vida que segue.

Vou destacar o comportamento dos torcedores cariocas, que durante as tardes vem criando um hábito bem interessante, o de acompanhar atentamente a Eurocopa. Nunca tinha visto um apelo tão grande. Bares e restaurantes ligadinhos nas transmissões ao vivo pelo Sportv e até nos Vts, em horários alternativos. Nem a novela das 8 horas consegue competir com as seleções européias.

O que está acontecendo? Donos de estabelecimentos comerciais não investiram em pontos de TV por assinatura sem um bom motivo. Se a Eurocopa não fosse um bom apelo, o comércio não buscaria esse diferencial de mercado para atrair clientes. O futebol está mais presente na vida do Brasileiro do que nunca.

Mais Larosa, este é o país do futebol. Então, qual é a surpresa?

Não é surpresa. É a constatação de um fato. Os jogos dos campeonatos Espanhol, Italiano e Inglês tornaram-se um grande atrativo para o público que gosta de futebol. Acredito que a presença de nossos bons jogadores em seus times, tenha criado uma sensação de saudosismo, em relação ao bom futebol. Já que os jogadores que sobraram por aqui não tem agradado. O público gosta de um futebol bem jogado, com belas jogadas, raça, empenho, qualidade e acima de tudo, com craques. Como esses craques estão na Europa, o interesse se volta para lá. Enquanto isso, o Brasileirão não empolga ninguém.


segunda-feira, 9 de junho de 2008

Calmaria futebolística

Conversando com alguns amigos hoje(ontem) vendo o mar calmo, quase sem ondes e com grandes bancos de areia comentei: - é um momento de calmaria e normalidade. Os objetivos são outros, novas metas e e estratégias serão pensadas.

A maluco? Depois de dois chopps começou a pensar que a natureza planeja suas ações? Retrucou um dos amigos

Nada disso. O mar calmo, após uma ressaca, foi apenas uma forma de mostrar como o nosso futebol vai atuar essa semana. Depois da ressaca da torcida tricolor, após grande vitória contra o Boca Juniors, no Maracanã, e deixar a cidade mais colorida, o decorrer da semana foi de calmaria.

Voltamos ao Campeonato Brasileiro e a rotina de acompanhar nossos times de coração, em busca de três pontos na competição. Os quatro grandes do Rio estão em ação. Ontem foi o Flamengo, hoje, o Fluminense pega uma parada dura em Porto Alegre contra o Grêmio. Temos a estréia do técnico Geninho, a frente do Botafogo, que necessita resgatar sua auto-estima e com ela, as vitórias no Brasileirão. Dos clubes do Rio, o Vasco tem a missão mais ingrata, enfrentar o líder do campeonato, em Belo Horizonte, no Estádio do Mineirão. Mesmo com Edmundo, Leandro amaral e Moraes, não será nada fácil dobrar a raposa. Um empate será um grande negócio.

Poxa Larosa, até aqui você fala de futebol? Sol, praia, mulher bonita passeando e pegando aquele sol gostoso, chopp gelado e nem assim você para com essa papo de Brasileirão?

Calma caro amigo. Não tenho culpa que o seu América, não está ais entre os grandes que disputa o campeonato Brasileiro, nem disputará a primeira divisão do Campeonato Carioca de 2009. Realmente você deve estar saudoso das conquistas e grandes vitórias que marcaram seu time, durante tanto tempo.

Vê se não reclama! Afinal temos os ingredientes certos para um início de domingo: Estamos na praia, vendo a beleza do mar e das mulheres. Estamos bebendo chopp bem gelado. Daqui a pouco, você vai fazer o churrasco, e só faltava falar de futebol, ou melhor, dos cariocas no campeonato nacional.

Até a próxima partida do tricolor, pelas finais da Copa Libertadores, que no momento é o tema futebolístico de maior importância, viveremos sim uma calmaria. Uma normalidade em termos de futebol brasileiro, afinal, estamos no início do campeonato e as grandes emoções ficam por contas das partidas, dos técnicos que jogam para frente e de jogadores de talento, ou seja, calmaria futebolística.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Qual a sua superstição?

O Brasil é o país de maior crendice religiosa do mundo. Aqui, católicos, evangélicos, espíritas, budistas... praticam sua religiosidade. Uma enormidade de denominações que nos levam a ficar um pouco mais perto do pai maior, Deus. Então, também podemos escrever que a nação tupiniquim é a mais supersticiosa do planeta.
Ah, Larosa tá brincando!
Não estou. Vamos ler sobre a definição de superstição: é uma crença irracional sobre a relação causal entre certas ações ou comportamentos e ocorrências posteriores, como a crença comum. Traduzindo para o "cotidianês", superstição é uma crença errônea que transmite uma falsa idéia a respeito do sobrenatural. Diz a crença popular que se a palma da mão coçar é sinal que irá receber dinheiro. E o "gato preto", e a escada, o que me dizem? Em países como Argentina e Estados Unidos, não existe o décimo terceiro andar. Nos botões dos elevadores, do número 12, salta para o 14.
Não posso deixar de lembrar da mística camisa 13 do alvinegro Zagalo, uma lenda viva do futebol e da superstição. Nosso recordista de campeonatos mundiais, como jogador e técnico, protagonizou belas histórias de pura superstição. Ah, não posso esquecer o tricolor Nelson Rodrigues, que escrevia sobre o seu "Sobrenatural de Almeida".
Como pode notar, caro leitor, o mundo do futebol não poderia ser diferente. Esta semana, o Glorioso Botafogo reedita uma de suas belas histórias de superstição, o cachorrinho da raça Beagle, conhecido como Perivaldo, foi um dos responsáveis pela vitória de 2 a 0 sobre o Atlético-MG, pela Copa do Brasil. O cãozinho, que possui uma estrela nas costas, é pé quente. Como foi o então Biriba, mascote eterno dos alvinegros e dito como grande responsável pelas vitórias do Glorioso há 60 anos. A presença de Biriba (leia sobre o talismã alvinegro na edição do dia 16/5 do Jornal dos Sports), segundo os supersticiosos, quebrou um jejum de 13 anos de azar, ou seja, sem títulos.
Sei que você está rindo e balançando a cabeça, nobre leitor, mas... me conta, em nenhum momento de sua vida, por acaso, você sentou sempre no mesmo lugar na arquibancada do Maracanã, pois do contrário o seu time não venceria? Então caro leitor, qual a sua superstição?

terça-feira, 6 de maio de 2008

Papo com o leitor

Flamengo e Botafogo, Botafogo e Flamengo. O resultado certamente vai deixar o Rio de Janeiro mais feliz. Bandeiras, buzinaços, bares e restaurantes cheios de torcedores comemorando a vitória de seu time de coração, mas com moderação. Será sem dúvida uma das mais bonitas festas esportivas que essa cidade já viu.

Sim, mas seria uma comemoração como tantas outras ao longo da história dos campeonatos do Rio de Janeiro, diria o leitor mais atento. Na verdade, esse parece ser especial. Desde pequeno, quando freqüentava o Maracanã, com a velha arquibancada de cimento com meu tio, que não via a cidade tão colorida por bandeiras nas varandas dos apartamentos, pessoas vestidas com os “mantos” de seus clubes, nos sinais de transito vendidas por camelôs e nos carros circulando pelas ruas da cidade maravilhosa. Colorido esse que desapareceu com os constantes conflitos entre torcidas organizadas. A forma de demonstrar sua paixão por um clube, se resumia ao estádio e apos a partida, a camisa era retirada para evitar agressões. Tempos sombrios esses.

Hoje, vejo várias pessoas comprando bandeiras enfeitando os carros, sem que algum engraçadinho de outra torcida, tente retira-la do veículo. Em cada sinal de transito, existe um ambulante vendendo muitas faixas, camisas de procedência duvidosa com sotaque “porteño” e bandeiras bem grandes, não em mastros de madeira, mas em PVC. O bacana é a grande aceitação, por parte dos consumidores. O Rio está diferente. Isso é muito bom.

Quem vença a melhor equipe no jogão de hoje. O torcedor já ganhou em alegria, espontaneidade, colorido, musicalidade, educação e até a volta do pó-de-arroz. Sem dúvida a torcida carioca está de parabéns pelo belo exemplo de civilidade e paz nos estádios. Bons exemplos são para ser seguidos.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Propulsores da informação e conhecimento.


Acompanhei uma série de reportagem sobre a educação no Brasil. Algumas retratando as dificuldades, outras o descaso e até elogiando a iniciativa de poucos professores. Será que a educação tem salvação? O ensino não é ruim, nem a forma de aplica-lo, seja presencialmente ou a distância. O que falta é vontade por parte de governantes, dirigentes educacionais, professores, alunos e pais de aluno. É mais fácil dizer que o ensino é ruim e o formato a distância poderá salva-lo. Não, não vai! EAD reduz distância e agiliza o processo de ensino-aprendizagem de um país que não pode parar, que geograficamente é inviável para a padronização da educação.

Vamos dividir em partes. O ensino fundamental possui o mesmo paramento curricular em todo o país, independente dos problemas geográficos. O que pesa é a formação docente. Os que aprenderam a ler, ensinam para os demais, só para exemplificar. Alfabetizar a distância via tele-sala é uma coisa, via web é outro bem diferente. A Tv está li, na casa é só ligar bem cedinho e com ajuda de alguem alfabetizado, os primeiros passos rumo ao saber são prazerosos. Eu disse Tv, que pode estar na casa do vizinho ou em uma tele-sala. Essa ainda é a melhor forma de alfabetizar em um país continental e de diferentes geografias.

A deteriorização do ensino citada é mais forte nas grandes capitais. Fora dos grandes centros existe uma necessidade muito grande de conhecer para sobreviver. Os melhores projetos de Responsabilidade Social, na área pedagógica, não estão nas grandes capitais. A necessidade supera as barreiras.

Ensino médio mantem um parâmetro curricular aliado a técnica e pratica, seja profissionalizante, técnico ou tradicional. Existe uma preocupação das instituições com laboratórios e modernidade, facilitando o acesso de quem não possui uma linha discada à web. Para a instituição particular é uma questão de sobrevivência no mercado, assim o EAD torna-se eficiente e até uma forma de otimizar custos com salas, energia, redução de hora aula, entre outros. Existe uma contribuição direta e uma proximidade entre os conteúdos, teorias e diferentes praticas regionais. Aproxima e se constrói o conhecimento, se adaptando a cada realidade regional.

O ensino a distância se consolida na esfera superior, que possui um parâmetro curricular mínimo e as demais disciplinas atendem necessidades emergentes ou regionais, onde as grandes estrelas são as pós-graduações e MBAs. Incluímos as universidades corporativas, treinamentos, qualificação e capacitação profissional a distância. Uma forma de ensino rápida e eficiente. Na graduação o aluno ainda enxerga EAD com desconfiança, o atrativo é baixo custo e a tecnologia.

Não acredito que o formato do ensino seja o responsável por alguma mudança significativa na formação socio-cultural brasileira. Sala de aula e ambiente virtual de aprendizagem são meras ferramentas, cada uma com suas características e atrativos para os alunos. O importante é que as duas formas existam e que o aluno possa optar pela que melhor lhe atende.

Eu acredito em “gente”, no sujeito que aprende a aprender. Esse sim pode e faz a diferença. Quanto mais eficiente e atraente for a ferramenta, melhor esse professor exercerá seu papel de educador e formador de opinião. Qualificado, valorizado e bem remunerado o docente é o responsável direto pelo sucesso da educação no País.

O ensino não fracassou. Nós é que estamos fracassando como professores, frente aos problemas e dificuldades. Afinal, educar o povo para que? Para que ele aprenda a cobrar mais e votar melhor?

E o pior que aceitamos isso e nos deterioramos enquanto propulsores da informação e conhecimento.

MLarosa


segunda-feira, 10 de março de 2008

Tecnologia na educação assusta?

Alguem tem alguma dúvida? Não! Quem cala consente. Vou passar para outro tópico e quem tem dúvida a hora é essa? Ninguém?” Monologo muito comum nas aulas presencias intriga professores e educadores em geral. Por que os alunos não participam? Existe algum bloqueio, timidez ou medo de errar? Pode ser a formação de base ou o ambiente familiar, questionaria o orientador educacional.

Em uma turma de 60 alunos, quando o professor pergunta, um ou dois levantam o “dedo” para responder. No ensino a distância esse aluno não tem o mesmo perfil. Com se trata de uma aula “individualizada” o aluno se sente mais a vontade para tirar suas dúvidas. Um relato de uma aluna de pós-graduação exemplifica a prática de perguntar: “ aqui (on-line) me sinto em uma igreja. Na missa não digo nada com vergonha do que vão pensar ou jugar sobre mi (sala de aula presencial), mas no confessionário posso perguntar e expor meus motivos sem ser jogada aos leões.” Claro que não podemos admitir que se trata de uma regra geral. Muitos alunos ainda se omitem, postam a atividade e aguardam. São tímidos nos fóruns, com uma participação só para constar que esteve lá.

Se compararmos com o presencial, ai sim podemos afirmar que o aluno retira grande parte dos questionamentos com quem de direito, diferente da consulta de risco ao colega nos corredores. Esse, sem dúvida, é um dos pontos positivos da modalidade EAD.

Ai fica a pergunta: a tecnologia educacional assunta mesmo?

terça-feira, 4 de março de 2008

Pedagogia evolui com gente

A educação passa por uma transição, como todo o País e as reformas são necessárias, como uma educação aberta e a distância. A outra reforma seria no objeto do ensino, o sujeito que aprende. O que ele aprende? Como ele aprende? De que forma utiliza esse aprendizado? Muitas perguntas e diferentes respostas.

Vou incluir uma terceira reforma, a humana, o grande pivô de todo esse contexto. Muito se fala em tecnologia na comunicação, no lazer, na educação.... ufa. Todos respiramos os cambios tecnológicos. No caso da educação, o vinculo EAD X TECNOLOGIA é imediato, quando perguntamos as pessoas sobre educação a distância e suas vantagens para o indivíduo que aprende, em uma sociedade que não pode parar. Se discute as mais avançadas ferramentas e não pautamos o ser que movimenta esse contexto.

Um novo estilo de pedagogia não se faz com tecnologia e sim com gente. Ai pergunto, e a velha pedagogia não serve mais? Por que rotulamos de velha? A pedagogia não envelhece, ela evolui de acordo com as necessidades sociais, mercadológicas e contexto mundial, um nova ordem quem sabe.

A pedagogia evoluirá com gente e não só com tecnologia. Nesse momento de transição entre o ensino presencial e a distância, o fator humano, aquele que programa e desenvolve as plataformas de ensino. Os conteudistas que se superam na redação de seus conteúdos, outrora escritos resumidamente no quadro negro. E os coordenadores, lideres que estão em constante mudança para melhor atender aos mantenedores, aos professores e aos alunos.

Não se cria uma nova pedagogia e joga a outra fora. Preparamos as pessoas, gente como a gente para evoluirmos em busca de uma sociedade melhor.

Pedagogia evolui com gente.

Marco Larosa

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Na contra mão dos valores sociais

Uma vez Flamengo sempre Flamengo...

Campeão da Taça Guanabara 2008


Gol de Diego Tardelli fecha o caixão alvinegro

O que está acontecendo? Os valores se invertem a cada dia e não importa a atividade profissional, social ou esportiva. Os valores que aprendi com meus pais passam pro um processo de questionamento quase que diariamente. Mesmo assim, continuo seguindo os ensinamentos que considero corretos. Quer dizer que ainda não me prostitui socialmente? Sim. Manterei esse valores mesmo que as pessoas que coabitam os espaços de trabalho e de moradia não concordem e continuarei fazendo o que minha consciência manda.

Para exemplificar, vou escrever sobre um seguimento que considero de conhecimento geral, independente de idade e formação cultural, o esporte. Utilizarei o exemplo do clássico Flamengo X Botafogo, que decidiu a Taça Guanabara, primeiro turno do campeonato Carioca. Hoje os principais programas esportivos de rádio e Tv, jornais e comentários no ambiente de trabalho não foi o mérito da conquista de um título pela Flamengo. Pasmem, o assunto foi a coletiva de imprensa realizada, ainda no maracanã, onde os jogadores e dirigentes do Botafogo choravam as mágoas pela perda de mais um campeonato. Não se discutiu as falhas do time, nem as substituições do técnico alvinegro Cuca. O tema era a arbitragem.

Continuo não entendendo como jogadores experientes, profissionais de carreira consagrada no futebol se prestarem à aquele papel ridículo de “bebes chorões e mimados” que perderam a chupeta no berço e tem preguiça de procurar, chamando a mãe para resolver seu problema. Hora leitor, hoje as pessoas não assumem suas falhas e erros, e como sempre, é mais comodo tirar a responsabilidade dos ombros e coloca-la em um outro, no caso a do arbitro da partida Marcelo Henrique. Nesse momento se valoriza a falcatrua, o roubo na partida, dizer que não foi penalti, que o juiz da partida expulsou indevidamente por ser mal intencionado, que na Federação de Futebol do Rio de Janeiro só tem flamenguista... e assim foi em transmitido ao vivo em cadeia nacional. O vestiário da vitória pouco foi explorado. Por que, bem lá não ocorreu chingamentos ao arbitro, acusações de jogo comprado ou marcação de penalti inexistente. A alegria, a festa da vitória, a volta olímpica o orgulho de ganhar um campeonato.....é os valores estão invertidos, no vestiário botafoguense e na mídia. Uma pena.

Imagine você se a torcida alvinegra cobraria do presidente do clube, do técnico, dos jogadores, do governador, do prefeito, do arcebispo e até do porteiro do prédio mais uma derrota em decisões. No jogo de ontem, não, o Botafogo jogou bem e ate melhor que o Flamengo a partir dos 16 minutos do primeiro tempo. Já no segundo tempo o “mengão” partiu com tudo e o “fogoso” que só se manteve nos contra ataques. Por isso, acredito que a torcida não teria motivo para reclamar e até aplaudiria o time mesmo com a derrota. O desequilíbrio emocional dos jogadores do Botafogo se refletiram nas cadeiras azuis e arquibancadas do Maracanã mas, não provocou nenhuma reação hostil ou violenta. Muitos torcedores permaneceram até para dar aquela moral ao time com aplausos e gritando o nome dos jogadores. Uma pena que os craques alvinegros não receberam esse carinho, e quem sabe, a coletiva no vestiário não seria mais centrada e consciente do real papel de formadores de opinião que os ídolos possuem junto aos mais jovens. Mais vale chorar e acusar o arbitro do que reconhecer os méritos do adversário. Vivemos a era da contra mão dos valores sociais.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Escola sem mascaras

Lendo uma crônica em uma revista especializada em educação, me chamou a atenção o processo natural pela continuidade do ensino, onde o aluno passava pelos três níveis educacionais e estava pronto para o mercado e para a vida, há 60 anos atrás. Hoje os objetivos são outros, onde o mercado impõe que a diplomação é extremamente importante para atuar como mão-de-obra barata.

Aproveitando a cobrança mercadológica, as instituições de ensino encontraram uma nova forma de faturar. Os três níveis não são suficientes para esse mercado educacional onde a pós-graduação e mestrados se tornaram lucrativos.

O tema me faz lembrar um velho dirigente de uma grande universidade do Rio de Janeiro que entrevistei há alguns anos. Nos fragmentos da reportagem fica clara a diferença de pensamento no trabalho de captação de estudantes. O processo natural de continuidade do ensino até o final da década de 70 e a voracidade capitalista e “maketeira” dos anos 90 até 2007.

Hoje aposentado, ele me lembrava o romantismo das décadas de 40 a 70, onde existia uma procura natural ao nível superior por parte dos alunos de classe média carioca e do interior do estado, que com grande esforço de seus pais, alugavam um imóvel para estudar na capital. Era a liberdade tão sonhada.

Administrativamente, ele contava que o nome da instituição se construía com base em três pilares clássicos: credibilidade, tradição e corpo docente. O educando buscava a instituição pública e diante do insucesso, prestava o vestibular para uma faculdade particular obedecendo aos seguintes critérios: nome da instituição, garantia de ensino sólido (próximo ao nível das públicas) e proximidade de sua residência. Eram as faculdades de bairro e adjacências. .

Ele ainda contava que não precisava anunciar no rádio, pois o crescimento populacional dos bairros garantia a continuidade, assim a faculdade estava sempre com um numero suficiente de alunos. “Fico observando essa batalha entre as instituições onde o marketing e os preços baixos acabam definindo a escolha do cliente, não mais de classe média, basicamente formada pelas classes C e D, mais suscetíveis as grandes promessas das campanhas publicitárias. Cliente, a que ponto chegamos. Lembro que chamava o aluno pelo nome e ele ficava feliz com esse simples gesto. Era uma escola sem mascaras”, lembra saudoso.
MLarosa