sábado, 15 de agosto de 2009

ESTRELA SEM BRILHO

Olá, caros leitores. Escrevi há pouco tempo atrás que o técnico Andrade não tinha o perfil para dirigir um time de grande proporção nacional como o Flamengo. Recebi e-mails de leitores contrários ao que escrevi, outros concordando. Escrevi que Andrade é o boa praça, amigo de todos, competente mas, até quando? O Flamengo de Cuca é o mesmo de Andrade, ou seja, continua sem um padrão de jogo definido, jogadas ensaiadas e fica pela força de vontade dos jogadores e do empurrão que vem das arquibancadas de todo o Brasil.
Não quero discutir o problema técnico, escrevi sobre imagem de uma marca, que se chama Flamengo. Marca essa, que não pode ficar fora dos holofotes da mídia, não pode deixar de possuir um ou dois grandes jogadores, não pode deixar de disputar todas as decisões de campeonatos nacionais e internacionais e, ter no seu banco de reservas um comandante a altura. Assim, grandes empresas vão enxergar possibilidades ao vincular sua marca a uma outra marca de sucesso. Marca que possui milhões de torcedores e ocupa um lugar de destaque na mídia. Os patrocinadores são percebidos por milhões, nos estádios, nas telinhas da TV, nos jornais e nas boutiques de material esportivo.
Andrade não tem esse perfil, não é atraente para a mídia. É isso que defendo. Querem um exemplo?
O Renato Gaúcho é o técnico que todos os clubes gostariam de possuir. Ele sabe promover um jogo, motivar jogadores e torcedores. Lembram da final da Libertadores? Foi 4 a 2 para a LDB, em Quito, logo, como motivar o torcedor para apoiar a equipe ao ponto de lotar o Maracanã? O Fluminense tinha chance de fazer os três gols necessários? O resultado não foi o esperado, mas o outro objetivo, visibilidade da marca Fluminense e do seu patrocinador, esse sim foi cumprido. O Renato Gaúcho é o técnico ideal para as pretensões do patrocinador. Ele atrai para si a mídia, que esquece até dos jogadores do clube. Ele veste a camisa do clube, estampando assim a marca do patrocinador em todos os momentos que as lentes estão focadas nele, como no chororó midiático no gramado do Maracanã ao final da partida contra o Boca Juniors da Argentina pela mesma Libertadores, lembra disso?
No mundo globalizado, onde qualquer pessoa pode se tornar um condutor (o garoto propaganda) do produto de consumo, não existe mais lugar para pessoas que não conseguem sair da mesmice, não se projetam, não brilham, seja no jornalismo, na administração, na educação e principalmente, no futebol. O Andrade, neste quesito, é uma estrela sem brilho para as pretensões do Flamengo.