segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Gestão escolar é coisa séria

Há 30 anos as escolas públicas eram percebidas como de qualidade e recebiam os alunos de classe média. Então, o que aconteceu? Já vimos que a falta de investimentos em educação, ao longo dos anos, promoveu a queda de qualidade e a fuga dos alunos para o segmento particular. Esse “movimento” possibilitou o crescimento do mercado educacional e suas técnicas de captação de novos alunos, até chegar ao planejamento de marketing e transformar a instituição de ensino em uma prestadora de serviços educacionais.

Lembre-se que o mesmo “movimento” ocorreu na saúde. Sem condições de obter um atendimento de qualidade na rede pública, a sociedade buscou o serviço no mercado privado. A prova é que você tem um plano de saúde, não é?

Amparado pelo descaso do poder público, o mercado privado de educação alardeava a qualidade na sua estrutura educacional como bandeira. Deu certo por um tempo. Se comparado ao ensino público praticado na época, as escolas particulares ofereciam uma “segurança” para os pais na formação de seus filhos. Mas, com o passar do tempo e acesso a informação, essa qualidade caiu no descredito.

Foi assim que nasceu a mais eficaz forma de captação de alunos, o marketing UM a UM, ou seja, os alunos e seus responsáveis indicavam a escola para seus amigos. O “Boca a Boca” ainda é creditado como estratégia de marketing por muitos gestores educacionais. De fato funciona, mas se apoiado em parâmetros positivos como: percepção da imagem institucional, marca no mercado, corpo docente, condições de oferta de ensino e resultados de avaliação externa (MEC, alunos aprovados em instituições ou concursos públicos).

No passado não havia o numero de concorrentes no varejo educacional, como ocorre hoje. Chegamos a visualizar de 3 a 4 escolas de ensino fundamental no mesmo quarteirão nas grandes cidades. A concorrência é sadia e obrigou os gestores a pensarem em algo a mais, alem de reduzir preços e demissões de funcionários para se tornarem mais competitivos.

Quando escrevo gestores, força do habito, meus amigos. Na verdade são poucos os profissionais formados para gerenciar uma instituição de ensino. Normalmente são educadores que exercem a função sem conhecimento de mercado e suas necessidades emergentes. Seria o mesmo que um executivo de uma grande empresa resolvesse lecionar. Sem a devida capacitação, em um curso de formação de docentes, não se tornaria um professor. Seria mais um a passar informações e contribuir para o declínio da qualidade do ensino.

Assim como uma empresa, a escola deve ser levada a sério na sua missão e gestão. Mas para atingir a meta é necessário se estruturar e esse processo se inicia na capacitação de seus dirigentes.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O interessado faz a diferença

A educação depende de nós, professores interessados. Quem formarão, inicialmente, um pequeno grupo de alunos interessados. Esses mesmos alunos seguiram passando os níveis educacionais se tornando profissionais competentes e conscientes da realidade vigente em nossa sociedade. Se um deles chegar a um cargo de secretário estatal ou ministro da educação, acredito que seu pensamento em melhorar a educação será o seu Norte. Pois ele entendeu que o esforço de seus professores interessados possibilitara sua chegada ao topo da carreira profissional que escolheu. Esse ex-aluno interessado, hoje, é um gestor interessado. Uma pessoa comprometida em melhorar e qualificar o ensino no Brasil.

Utilizei um exemplo de educador, mas poderia ser um médico, um comunicador, um advogado, engenheiro....., não importa. Não acredito em governantes, mas acredito em formar uma geração de pessoas com capacidade de cambiar a realidade para melhor. Acredito nas pessoas e devemos apostar nas gerações futuras, afinal, um dito popular diz que: Pau que nasce torto, vai torto até o final. Então o que esperar dos que estão aí no poder? Nada!

O quadro educacional vai mudar para melhor? Sim, mas se você espera que alguém faça por nós, não. Vamos tomar em nossas mãos e fazer a diferença, formando futuros gestores competentes e com capacidade de fazer a diferença, como nós fizemos um dia para tatos alunos.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

VAIS ENCONTRAR O MUNDO

A leitura de O Ateneu, de Raul Pompéia, compreendi a missão do professor tutor. Adaptando o texto a realidade educacional da EAD – Ensino a Distância, lembro do momento onde aluno e tutor compartilham informações e conhecimentos em busca da realização de um sonho profissional e de vida para o educando. Quando o tutor abre as portas da primeira discussão geral e do boas-vindas, seria como ele disse-se ao aluno: “Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta.”

Sim, uma luta sem tréguas que o mercado impõe aos que se arriscam sem o devido preparo. É necessário coragem para enfrentar os desafios e barreiras do dia-a-dia. No início um grande desejo de sucesso. Com o passar do tempo e as dificuldades, o mesmo desejo varia e se torna uma frustração. Muitos não continuam a jornada, seja por falta de ambição, oportunidades e preparo educacional. Os poucos que ousam em seguir caminhando se enchem de esperança e encontram no conhecimento o preparo para o momento.

Depois, com as transformações e novas necessidades sociais, esse mesmo mercado promove mais um cambio e nosso aluno terá que se preparar para mais um desafio. Mas, desta vez, consciente que somente pela busca insistente de conhecimento essa jornada será possível.

O escritor Raul Pompéia imortalizou esse momento:“Feita a compensação dos desejos que variam, das aspirações que se transformam alentadas perpetuamente do mesmo ardor, sobre a mesma base fantástica de esperanças, a atualidade é uma.”

Será que essa estrada do aprendizado terá um fim, um dia? Acredito que não. Pois se quisermos compreender o que se passa ao nosso redor, não poderemos mais parar de buscar o conhecimento. E ainda digo mais. Mesmo nos últimos dias de vida, iniciaremos um novo aprendizado, afinal, não sabemos se existe vida após a morte. Você sabe?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Porta da Esperança


Olá, meus amigos.
Iniciamos nosso Fórum sobre a educação no Brasil. Como base estamos avaliando os números do Censo Escolar de 2005 (pesquisa promovida no ano de 2003 a 2004). Não vamos levar em conta os números divulgados, pois estamos em 2010 e os Governos Federal, Estadual e Municipal já promoveram ações sociais que garantem, pelo menos na matricula, os alunos nas escolas do ensino fundamental. No texto apresentado existem tópicos que você pode explorar. Eu estou optando pelo processo continuado da educação. Vamos a ele.

Acredito que o numero de alunos matriculas tende a crescer a cada ano. As classes menos favorecidas já entendem que a educação, ou seja, o aprendizado visando uma profissão, é um dos caminhos para vencer as difíceis condições de vida. A outra, infelizmente é a criminalidade. Lugar de criança é na escola e os governantes criaram benefícios como o bolsa família, que obrigatoriamente os filhos estejam matriculados em escolas públicas. No Rio de Janeiro e em outros Estados as famílias contam com um cartão de transporte coletivo gratuito para os alunos matriculados na rede pública (RIOCARD), por exemplo. Assim o número de alunos matriculados até o dia de hoje é bem superior ao do Censo 2005.

Mais alunos na escola mais investimentos governamentais na educação, ou deveria ser assim. Afinal os reflexos no mercado educacional são imediatos. Mais alunos matriculados no ensino fundamental significa, mais escolas de nível médio no seu Estado, para suprir a demanda crescente, o que gera a contratação de mais professores e construções de instituições no setor tecnológico e tradicional. E assim a bola de neve tende a crescer e chegar até a universidade.

Sabemos que para ingressar na universidade pública os alunos oriundos do ensino do mesmo segmento tem poucas chances, já que a média para o ingresso é acima de oito. Esse aluno tende a buscar faculdades e universidades particulares, compatíveis com o orçamento familiar. Trocando em miúdos, os alunos menos favorecidos buscam ascensão profissional e financeira. Sabem que o ensino superior pode abrir essas “portas da esperança”, tanto no seguimento presencial como no distância.

As instituições de ensino superior estão se preparando para absorver essa demanda?
Estão se adequando ao um novo perfil de aluno, com mais necessidades de aprendizado e adaptação ao ambiente educacional?
E você, caro aluno. Quem questionamento nos indica a partir da leitura do Censo Educacional de 2005?
Já dei o ponta pé inicial. Aguardo sua critica ou sugestão temática.
Agora é com vocês!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Marketing nas Escolas

O Marketing não se limita a vender produtos e serviços. Afinal, escola não é mercadoria disponível nas gondolas do varejo educacional. A instituição de ensino necessita se comunicar e se relacionar com as comunidades ao seu redor e sentir como o público a enxerga ou percebe.

Deve se planejar para absorver uma demanda maior ou encontrar os motivos de uma evasão. O aluno se tornou um cliente, que tem sempre razão. Seu publico interno não é um simples funcionário, se tornou um colaborador, assim como seus fornecedores.

O mercado não mais percebe a escola como no passado. E para tal, as atitudes dos gestores devem acompanhar as necessidades e anseios de seu público.