Os cariocas estão em ação no Campeonato Brasileiro buscando, nesse final de emana em busca de uma melhor posição na tabela. Dois brigam pela ponta da competição, Flamengo e Botafogo. Outros dois lutam, veja bem, lutam mesmo, para não cair para a segunda divisão do Brasileirão, Vasco e Fluminense.
Vamos supor que o campeonato termine nesse domingo. Imagine você leitor como será a segunda-feira? Eu diria de frustração. As quatro torcidas estarão mais uma vez com o grito de campeão sufocado na garganta, tendo que engoli-lo seco, goela a baixo. E para piorar, as torcidas do Fluzinho e Vasquinho (assim gritarão os rivais) amargando as gozações e a vergonha que os times do coração, de tantas glórias e conquistas, estarão proporcionando a cada um dos seus fieis seguidores.
Nós cariocas vamos assistir momentos de lágrimas e dor, por parte dos torcedores mais apaixonados. Revolta e indignação, por parte daqueles que ainda tem esperança em dias melhores na maior competição do país. Violência e depredações, por parte daqueles que se utilizam das torcidas organizadas para esconder todo o vandalismo e descontentamento com a sociedade que interagem. Dirigentes pedirão proteção policial. A oposição gritará: - Pega ladrãooo! Cadê o dinheiro do clube? Onde foi parar a verba do patrocinador? Muros pixados com palavras de ordem: Fora, fulano! Morra, beltrano! E os jogadores? Ouvirão seus nomes vinculados a outros, que não posso escrever aqui. Verão seus carros pixados e quebrados. Jogadores desvalorizados comercialmente e marcados porque não defenderam seus times com garra e suor no momento decisivo.
Sei que parte da cidade vai rir muito, farão piadas e vão se acabar de tanta gozação contra os tradicionais rivais, uma característica tão carioca quanto o arroz com feijão. Mas será uma segunda-feira trágica para o futebol do Rio de Janeiro.
Epa! Para com isso, ô Marco Nostradamus Larosa. Vira essa boca, ou melhor esse teclado para lá. Ta agourando o Fluminense e o Vasco?
Não, caro torcedor. Se tal fato acontecer, acredito que com a chegada do verão (do sol, da praia e da cerveja) tudo passe. Com os presentes de Papai Noel e com a festa de Momo, o grandioso carnaval, as magoas serão esquecidas e a alegria estará de volta aos rostos dos cariocas. O que me preocupa é que os dirigentes esportivos também sabem disso, ou melhor, contam com isso para ir empurrando com a barriga suas administrações caóticas, e com isso, o Campeonato Carioca pode se tornar um fiasco. Uma competição de dois times, sem investimentos e grandes jogadores, sem o glamourt que só o nosso campeonato possui. Uma competição de segunda.
Será o apocalipse?
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