terça-feira, 11 de outubro de 2011

Trabalhar em equipe é uma arte e continuidade

Nós brasileiros somos os "melhores dos melhores do Mundo" em soluções individualizadas. Pelo menos assim nos descrevemos e acreditamos. Veja o exemplo de um time de futebol. Na Europa os jogadores tocam a bola e pensam coletivamente para ganhar os jogos. Bem, por aqui, somos individualistas. Pegamos "la pelota" e corremos em direção ao gol, sabendo que todos serão driblados e a glória está a poucos metros, ali na grande área. Fama, holofotes, mulheres loucas por você, convites para festas e programas de televisão. Mas, quando se trata de atuar em equipe, somos verdadeiros bandos tupiniquins.

Os Europeus mostram regularidade e nós, altos e baixos. Assim é na vida, no mercado de trabalho é na escola. Aprendemos desde cedo que trabalhar em grupo não é bom, afinal, alguns querem carregar a bola até o gol também e dividir o estrelato não é bom. Nada, bom....

Gostamos de brilhar solitariamente (temos um time no Rio que é a estrela solitária e até atua como tal, parado na esquina da Rua Loucura Abreuliana com Rua do Adeus Campeonato) e por isso encontramos dificuldades de atuar como equipe. Trabalhos em grupo se tornam uma chatice e pouco produtivo. O importante é decorar o conteúdo e reproduzi-lo na prova. Pronto, nota 10! Nota 10!
O placar vocês já sabem: Conhecimento AC 0 X 5 Decoreba FC.

Nos cursos de pós-graduação que atuo encontro o mesmo problema a cada Módulo e durante o processo, com muita insistência, noto as primeiras mudanças. Alunos superaram seus próprios paradigmas e demonstraram superação, competitividade e companheirismo nos momentos de fraqueza, enfermidades e percalços da vida cotidiana. Assim se constrói uma equipe!

Se nós brasileiros não desistimos nunca, então vamos insistir e derrubar as barreiras que nos impedem de crescer e superar metas, mitos, crenças infundadas e paradigmas pessoais.

"O homem não foi criado para viver só. Só não somos nada, mas juntos nos tornamos poderosos" - MLarosa.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A união faz a força

Talento não nos falta para tornar as aulas mais interessantes, mas cabe uma reflexão. Acredito que existem parcelas de responsabilidades para cada um dos envolvidos no processo educacional. Os docentes são responsáveis por 35% do processo como empenho, conhecimento, paciência e muita vontade de ensinar. A instituição de ensino, seja presencial ou distância (publica ou particular) tem sua parcela de 35% na condição de oferta de ensino compatível com as metas planejadas. Ao sujeito que aprende, cabe seus 30% de responsabilidade na aquisição do conhecimento, gestão do tempo e responsabilidades com prazos, estimulo em buscar seu lugar ao sol....

O processo educacional funciona, mesmo em baixo de uma árvore bem "copada", quando todos os envolvidos estão remando na mesma direção. Do contrario, tenho a lamentar o triste cenário da educação onde se comemora calorosamente uma nota máxima (7,5) no ENEM. No meu tempo de aluno da escola pública, nota 7,5 era de aluno regular. Na época, buscávamos o 10, nota 10.

Os tempos mudam mesmo!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Varejo Virtual: diferencial competitivo ou dor de cabeça?


Na turma de Gestão de Varejo do Senac-Rio, modalidade EAD, estamos iniciando a discussão no Fórum – Varejo na WEB.

Estudos apontam que o Varejo Virtual ou Varejo Eletrônico é um dos maiores setores no comércio Mundial. No Varejo Virtual são mais de 30 mil empresas regulares explorando o setor e no Brasil estamos diante de um mercado em crescimento. Podemos afirmar que a inclusão digital de classes menos favorecidas, após as ações governamentais que foram fundamentais para o aumento do número de acesso ao web ambiente, proporcionaram a uma parcela significativa da população real poder de compra e acesso a Internet.

O e-commerce é um canal de comercialização complementar às estratégias de mix de marketing das empresas, que envolve as diferentes áreas como marketing, logística, infraestrutura, tecnologia, gestão e vendas das respectivas empresas.

Hoje vivenciamos as compras coletivas, que significa uma modalidade de e-commerce que objetiva vender produtos e serviços para um número mínimo preestabelecido de consumidores por oferta. Um negócio que cresce a cada dia e, como todo o desenvolvimento de atividades comerciais, têm altos e baixos.
Vejo uma quantidade de promoções motivando o consumerismo mas, sem organização por parte dos lojistas. Não se trata de modismos ou uma questão de "surfar a onda" da oportunidade.

Acredito que a novidade está se ajustando no processo Tupiniquim do Ensaio e do Erro, ou seja, pessoas sem a devida competência para gerenciar o processo de vendas coletivas, sem estrutura logística e principalmente, sem se planejar para um volume de vendas inesperado.

Um exemplo simples. A venda de corte de cabelo via e-commerce por um estabelecimento que recebia a média de 25 clientes dia. Com a nova modalidade e preço acessível, a média de clientes tende a crescer, mas o estabelecimento continua com o mesmo formato gerencial e logístico. O resultado será a queda na qualidade do atendimento e serviço. Pior, e se todos os internautas que adquiriram o pacote promocional, resolverem contrair o serviço na mesma semana?

Ai está o exemplo da Americanas.com que está impedida pela Justiça de promover mais vendas pela web sem que as anteriores sejam devidamente equacionadas.

No Brasil é assim, primeiro entramos no negócio, depois vamos aprender como funciona.

Agora é com vocês.

O negócio em que atua poderia se adaptar ao varejo eletrônico?
Quais os pontos positivos da modalidade e negativos em sua opinião?
O varejo na web reduz o acesso direto aos estabelecimentos comerciais (em ruas, shopingns.....) ou ainda existe um equilíbrio?

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Quem faz a diferença é o aluno!

Leio e escuto muitas declarações sobre a qualidade do ensino de determinadas instituições que se vangloriam da capacidade de formar vencedores. Vencedores! Será que realmente possuem esse poder de transformação que o dinheiro pode pagar? Fazem realmente a diferença na construção do conhecimento e capacitação profissional? Ou recebem uma ajudinha do próprio aluno? São fatores que devemos investigar com cuidado.

Tenho uma teoria que é a seguinte: "quem faz a diferença é o aluno". Sei que fatores internos - criação e condução da personalidade - e externos - ambiente, mercado, fatos inesperados do cotidiano - podem influenciar para mais ou menos, o comprometimento do educando com o ideal de formação para a vida e o sucesso profissional.

A tentativa dos dirigentes educacionais de rotular as instituições como "grifs" é a maior prova da ação de marketing na tentativa de trabalhar o imaginário coletivo, a seu favor. Induzir a opinião pública, que o ensino é diferenciado, de qualidade e capaz de garantir um futuro brilhante, é uma estratégia que funciona, afinal, nós Brasileiros gostamos de apostar no time que está ganhando.

O fato de estudar na instituição A ou -B não significa garantia de empregabilidade ou fracasso. Nem que a instituição lhe transformará um uma sumidade no cenário acadêmico ou mercadológico. Ajuda, mas na minha opinião não é fator determinante, ao ponto de ser rotulada com excelência ou a melhor do Brasil. Os recursos humanos que chegam e a forma como são trabalhados, ai sim, fazem a diferença em favor das instituições. Claro que o conjunto positivo encaminha o jovem na direção que pode leva-lo ao sucesso, mas se ele não trabalhar seus 50% de responsabilidade, nada feito. Digo isso por que acredito que uma instituição de ensino recebe alunos que tiveram a oportunidade de cursar ótimas escolas do segmento fundamental, que possuem uma família estruturada, que recebem todo o apoio necessário ao desenvolvimento ético, critico e social, somados ao ambiente escolar que favorece a construção do conhecimento e aprimoramento de habilidades, são alunos que naturalmente serão aprovados em vestibular para instituições públicas no futuro, rotuladas como de qualidade e excelência.

O mérito da instituição é de 30%. Ou seja, ao receber alunos com esse potencial em seus quadros, garante a instituição que o lapida, um índice de aprovação bem maior. Repito, o educando que possui a felicidade de crescer em um ambiente socio-econômico favorável e possui uma família estruturada que sabe cobrar seu desempenho e dedicação aos estudos, reúne as condições ideais para aproveitar melhor as oportunidades. Então se possuo um numero maior de alunos promissores, as minhas chances de aprovar grande parte deles é igualmente grandioso.

E no revês da moeda?  O educando economicamente desfavorecido é bombardeado de informações midiáticas que o oprimem, desestimulam a conseguir um lugar melhor ao sol e o rotula de fracassado, terá menos chances de, através do estudo, romper com os paradigmas sociais e atingir o sucesso. A tendencia é que, a exemplo do aluno anterior, se torne um produto do meio, onde a fórmula do sucesso pode ser como jogador de futebol ou no controle do narcotráfico da região. Sei que a realidade é dura, mas.......

Quantos alunos oriundos do ensino público fundamental, marcado pela aceleração do processo de ensino e aprendizagem, onde o aluno não pode ser reprovado, afinal, sua baixa estima não pode ser aflorada (que conveniente), chegaram a faculdade, ou pior, a universidade pública dita de qualidade? Com base no parâmetro acima, podemos afirmar que a instituição A ou -B tem mais ou menos qualidade? Garantem ou não a empregabilidade?

Pois bem, se o educando quiser, ele vai alem das suas limitações e conseguirá alcançar objetivos e o sucesso traçado, sendo rico ou pobre. No Brasil e no Mundo, a condição sócio econômica é que determina quantitativamente quem chega ou não chega lá, na universidade. Mas se o aluno estiver a fim de romper com todos os rótulos e barreiras, ele também chegará lá na universidade, em menor número, mas chegará lá, na universidade, sem dúvida.

O aluno, faz ou não faz a diferença desde o berço até a universidade?

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Valor X Preço 2

A discussão no curso de pós-graduação em Gestão educacional do Senac-Rio esquentou. Ainda ligado ao valor que agregamos a um produto ou serviço está em pauta. O ponto de partida é uma gloriopsa Ferrari.

A percepção que cada um de nós está ligada às nossas necessidades mais emergentes, mas o sonho da casa própria, do carrão importado, de conhecer o Mundo...., continuam habitando nossos sonhos, então, são avaliados de forma impar, ou seja, cada um de nós percebe e sente de forma diferente. Uma Ferrari é vista como um ícone do automobilismos, então, milhares ou milhões de pessoas percebem os valores que os carros da Casa de Maramello despertam ou refletem na "psique" humana de forma muito semelhante.
Em educação os ícones não são muitos, e pior, milhares ou milhões não tem e nem terão acesso as instituições top de linha do Brasil. Entre os Cases citados, poucos privilegiados podem tornar realidade um sonho de consumo.
Eu sempre acreditei que bom tratamento é obrigação dos bem educados, então, não entendia por que investimentos de milhões em relacionamento e treinamento para tratar gente como gente. Não entendia, afinal o que esperar de funcionários que não tiveram educação paterna, carinho, atenção, escolaridade de qualidade e um ambiente positivo para crescer. Somando-se os baixos salários praticados..... Hoje e logo logo, estaremos mais e mais exigentes e as empresas terão que monitorar e promover ações rapidamente para não perder seus clientes.

A escola não pode tapar o sol com a peneira, com ações antiquadas e em desacordo com as novas necessidades sociais e mercadológicas. Do contrário, não adiantará chorar pelo leite derramado.

Quanto ao preço, a oportunidade ou o apelo determinam as regras. Depois da tragédia na Região Serrana do Rio, maior produtora de hortaliças da cidade, os preços triplicaram na mão de aproveitadores e atravessadores. É a velha lei de mercado, maior procura e menor oferta. Você pode optar em não comprar ou deixar de comer alface por um tempo, por exemplo. Esta é condição normal, ou seja, se não posso comprar não compro e pronto. Mas uma Ferrari desperta uma cobiça imensa nas pessoas mais afortunadas, como se fosse Oscar da ostentação do poder e da fortuna. Essa busca só vai parar quando quanto o grande prêmio estivar na garagem. Será que ocorrerá a mesma aplicação na busca da melhor instituição de ensino?

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Valor X Preço


No curso de pós-graduação em Gestão Educacional do Senac-Rio discutimos a questão do Valor agregado dos produtos ou serviços em comparação com o preço praticado. Afinal, o que as pessoas percebem, o status que uma "grif" educacional pode proporcionar ou o preço que posso pagar? O que é mais importante ou valorizado pela opinião pública em geral.

Um aluno, Jesus Carlos P. Gonzalez introduziu a seguinte questão no debate:"Aproveitando o momento, queria introduzir o comentário sobre uma bela "sacada" da agência McCann-Erikson, que em 1997 criou um conceito que foi utilizado no mundo inteiro, e que também chama à discussão na questão preço X valor: "Priceless - There are some things money can't buy. For everything else, there's MasterCard". No Brasil foi traduzido como "Existem coisas que o dinheiro não compra. Para todas as outras existe MasterCard".

Pergunto: Um jovem universitário pagaria mais, a título de status, para estudar em entidades tidas como VIP (sem merchandising Jesus)e situadas em bairros nobres, mesmo sabendo que em outras escolas academicamente equivalentes, porém com instalações mais precárias, e nem tanto na moda, disporia de recursos similares (ou até melhores) para seu aprendizado?

Revirando meus relatórios após cada aula inaugural e as pesquisas com formandos notei que com o passar do tempo, muito pouco foi modificado na percepção dos novos clientes e vou reproduzir o comentário de um aluno que reflete o pensamento de grande parte dos jovens recém chegados a universidade, que acompanho desde 1995: "Escolhi a instituição X porque o preço é bom, tem muitas gatinhas lindas e oferece atividades diversas a um custo menor que em academias na cidade".

Pensamento machista a parte, pois acredito que o feminino não é tão diferente assim. Alguns chegam por causa do preço e outros tantos objetivam conviver com gente bonita e encontrar um amor...., etc e tal. A qualidade do ensino vem sempre em posições intermediárias.

Nesta faixa de idade e classe social (B-, C e agora D) o aluno não possui nossa percepção em relação a empregabilidade, afinal são jovens e em busca de aventuras, sexo, amores, relacionamentos, festas e vida social intensa. Lembro que já fui assim, ainda bem...rsrsrs. Clientes emergentes da classe D entendem que o ensino superior lhes trará uma possibilidade real de cambiar de vida e sair das áreas pobres da cidade.

Bem, no outro lado da moeda, os alunos que atuam no 6º período em diate já pensam um pouco diferente, onde a empregabilidade passa a se tornar um objetivo real, mas não descartam a continuidade das festas, amores, gente bonita... Ai a qualidade do ensino e suas condições de oferta (50% da responsabilidade), além da força de vontade e comprometimento do aluno (outros 50%) podem fazer a diferença positivamente.

Entendo que se a família do cliente tiver condições de pagar uma "grif" acadêmica, sim, ela poderá ocorrer. Mas se depender dos alunos "normais", cronologicamente adequados a sua idade social, o status não deve fazer a diferença na hora da tomada de decisão, no caso da educação, é claro.

Bem é chegada a hora de voltar para sala de aula. Deixo alguns questionamentos:

É possível que uma instituição de ensino pode se tornar uma Ferrari da educação?

Podemos nos sentir diferenciados por que estudamos em uma escola de ponta?

Afinal, o que buscamos, status sazonal ou conhecimento?

Volto em breve para continuarmos as discussões.

Um bom dia para todos.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Marketing X Tradição

Hoje educadores discutem a importância e influência do Marketing nas instituições de ensino. Como reza a lenda dos bons educadores, vamos resistir às inovações. Depoimentos do tipo: Vão transformar a escola em um balcão de negócios; A escola vai virar uma feira livre para vender aprovação.....
Bem, já se tornou um balcão politico partidário ha mito tempo. Escola e professores que aceleram seus alunos rumo a aprovação sem critérios, ou pior, aprovam sem que o aluno saiba ler e escrever, é o que caras pálidas da educação. Não é comércio? Alunos que não comparecem às aulas, não fazem provas e são aprovados é o que? Caridade?

O Marketing na educação, ou em qualquer ramo, objetiva proporcionar condições de sobrevivência no mercado. Uma escola ou empresa são criados para atender necessidades emergentes da população, e as ações de marketing analisam do cenário, observam o concorrente, as tendencias..... O profissional de marketing não entra em sala de aula para aprovar alunos que não estudam ou não frequentam a sala de aula, pois na escola eles estão presentes.

Diria a você que em cada ramo profissional existe a essência, que é o conhecimento. A parir dele desenvolvemos habilidades, técnicas..... O médico necessita de conhecimento para salvar vidas. Os advogados, engenheiros..., ou seja, adquiriram o conhecimento onde? A essência da educação é o ensino e a aprendizagem do conhecimento. Sem isso não adianta rotular de escola de qualidade, tradicional, de vanguarda, futurista ou saudosista.

O sujeito não vai aprender, então, o papel universal da escola deixa de existir e passa a ser um depositário de crianças e adolescentes. Um galpão humano que custa dinheiro para os pais, que buscam um espaço para deixar os filhos o dia inteiro esperando que aprendam, se eduquem (moral e eticamente) e desenvolvam suas habilidades em um grupo social, enquanto os responsáveis trabalham.

Acredito que se briga por muito pouco e se cada um, no mínimo, fizer a sua parte a educação, a instituição de ensino e a sociedade agradecem.

Sucesso e seja feliz!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Cambios sociais a vista!

Estamos passando por um processo de mudança social e as instituições de ensino ainda não enxergaram. Lembro que em 1990, a Globalização "adentrava Brasil a a dentro" e as instituições de ensino ainda formando mão-de-obra barata para a industrialização. Um processo fordista de formação em massa não atendia ao mercado saturado das mesmas profissões de sempre. Nichos surgiam e não havia capital intelectual suficiente, ou nenhum, capaz de fazer a diferença nas empresas que já vivenciavam a tecnologia.

Poucos abnegados mostravam que a educação deveria ser continuada e que nossos jovens deveriam se capacitar constantemente. As IES continuaram sua caminhada confortável sem se preocupar com o amanhã. A graduação era suficiente para arrecadar. Depois o mercado pressionou e o "BUM" das pós-graduações, onde outra massa de jovens e adultos produtivos passaram por um processo de qualificação (sabe-se lá como, em alguns casos), para atender uma demanda mercadologica que rapidamente cambiou mais uma vez. Lembram da corrida ao "titulo"? A necessidade de Mestres e Doutores no mercado educacional gerou uma corrida ao título, que rapidamente esgotaram as necessidades das IES. Saturação no meio acadêmico e milhares de Mestres e Doutores sem emprego nos dias de hoje.

Bem, o amanhã é hoje e o cenário não é nada animador. Outra revolução educacional é necessária. Números elevados de matriculas não significam que pessoas serão alfabetizadas ou desenvolvidas para uma vida sócio-econômica mais competitiva. Hoje se acelera a massa de semi analfabetos rumo ao ensino médio. Mais uma vez para mostrar números a opinião pública.

Temo por uma geração de fracassados, onde a falta de capacidade intelectual os torne marionetes das facilidades. Um exemplo, jovens que buscam no narcotráfico uma forma de arrecadar para atender suas necessidades. Ou quem sabe, com algum talento, tentar o mercado da bola e, um dia, ser vendido para a Espanha ou Itália, ganhando milhões de Euros, projeção e glamourt.

A educação é um negócio, seja de ganho monetário ou em imagem pública, mas o ato de educar não pode se tornar apenas o objetivo impar, o de entrada na escola. Cada cidadão tem que ter um objetivo ao sair dela.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Marketing para todos e até para escolas, ou não?

Fim das férias e de volta com força total em 2011. Como não sou politicamente correto, sim deixei de lado o teclado e troquei pela areia quente. Não sou um "tarado" tecnológico. Férias, são férias, "cara pálida".

Ano novo e um mercado aquecido em busca de talentos. Ano que acredito que será de sucesso, mas para aqueles que estiverem bem preparados para a nova demanda de empregabilidade do mercado.

Demanda ou novo cenário mercadológico que atinge também as instituições de ensino, privada ou pública, que não podem ficar a margem da gestão global, onde todos os dados e informações acadêmicas são necessários para a formação do briefing, base de todas as campanhas e ações gestoras. É difícil de acreditar, e até admitir, que um estabelecimento que cultua o conhecimento renegue o outro conhecimento que o marketing e a comunicação agregam, somando-se as "forças" que movem o empreendimento educacional.

Não é mais possível permanecer desconectado da realidade dos fatos, do tempo real e dos olhos atentos de um público consumidor avido de informações, para ai então, tomar sua decisão sobre matricular ou não seu filho em determinado estabelecimento educacional/comercial. Nichos de mercado se formam a cada instante em todo o planeta, afinal, quanto mais conhecimento é disponibilizado, mais exigente se torna o consumidor. Para atende-lo as empresas necessitam de cabeças pensantes para criar novos produtos e serviços capazes de satisfazer plenamente os consumidores. Para que aconteça, as instituições de ensino deve parar, pensar e deixarem de lado a educação pautada no Século XX. As profissões cambiaram e novas surgiram, mas o ensino universitário não acompanhou, tanto nas estrutura das condições de oferta de ensino, quanto no conteúdo programático de seus cursos. Como não há mudanças acadêmicas, as empresas continuam buscando fora do país gente com competência para ocupar os postos de trabalho. Bem-vindo a Roda do Consumerismo.

O marketing é para todos! Pessoas, empresas, clubes de futebol - veja o Ronaldinho gaúcho no Flamengo, e por que não nas escolas e universidades?