Bom dia amigos. É sempre uma felicidade estar de volta a cidade maravilhosa. Esse Rio de Janeiro de Céu azul, temperatura agradável, praias movimentadas em plena segunda-feira. Voltar pra casa é um ato gostoso, mas chegar de viagem e em especial, para o Rio, não tem preço. Ups, isso lembra um comercial. Pelas minhas andanças labutenses, um dia ainda vou viajar a lazer, estive pelo interior do estado. Pessoas agradáveis, hospitaleiras e desconfiadas do cidadão que vem da cidade grande.
Não seria preocupado Larosa, pois podem quebrar a rotina da pacata cidade?
Não caro leitor! De pacata não tem nada. Cidades próximas as capitais, em todo o Brasil, possuem um grande movimento, afinal, são municípios satélites ou dormitórios, berço de pessoas que trabalham ou estudam nos grandes centros e que nos finais de semana retornam com as características e agitos das grandes metrópoles.
Importam as festas, os modismos, os hábitos como um chopp de final de tarde (e até madrugada) e para não perder o discurso, a presença das drogas e da violência, características de Rio e São Paulo, só para citar as que lidaram as estatísticas negativas sobre o tema.
Estava eu comentando que não me sentia totalmente à vontade na cidade, um lugar calmo, temperatura próxima ao 10 graus, gente bonita....Poxa, mas que ainda faltava algo. Depois de um dia inteiro sem emoções, chega a noite. Fria e embalada por músicas, do estilo funk, bem ao longe ecoando entre a serra, o panorama não se mostra animador e tudo levava a crer que a madrugada seria calma.
Ao amanhecer, um ótimo café da manhã, típico do interior, com fartura e grandes possibilidades de ganhos, de peso é claro. Ao final do trabalho, em pleno domingo, descobri que a cidade parou. Fechou tudo, até os botequins(?). Famílias reunidas para o almoço deixaram a cidade mais clama que no dia anterior. Ahhhh, mais um dia assim e ficou louco. Mas, o que está faltando?
Tenho hospitalidade, calor humano, lazer e o melhor, recebendo para isso, e ainda assim algo me incomoda. A noite chegou e a hora de voltar se aproxima. Uma amiga pergunta.... “Você está triste?” Respondi que não. Ela perguntou mais uma vez. “Você não gostou da nossa cidade?” Respondi que adorei. Insistente, ela disparou... “Então o que falta?” Respondi mais uma vez...Não sei! Algo está errado ou fora da ordem social.
No caminho de volta, o cenário de vacas pastando próximo a pista, cavalos soltos, gente margeando a pista e até sentados a beira dela, foi se transformando, onde havia vaca, encontrei uma Van. Ah, no lugar dos cavalos barraquinhas de camelô a beira da estrada. Pontos lotados a espera do transporte coletivo de sardinhas, opa perdão de massa. Sinais....estou chegando a civilização.
Ao entrar na primeira via de acesso a cidade maravilhosa deparei com algo familiar, uma viatura da PM. Algo mudou mais uma vez. Senti uma sensação de bem estar, típico das pessoas que chegam ao seu lar. Quilômetros a frente, um policial militar parando os carros “BACANAS” e liberando os “CAIDINHOS”, poxa estou em casa, foi a felicidade de um “SER URBANO”.
Ai você me pergunta..... O que afinal te perturbou na pacata cidade do interior? Bem lembrado. A noite, assistindo em um telão de bar o jogo do mengão..... mais uma neles, ouvi o estampido. Seguido de mais outros e outros. No bar, nada de diferente, todos de olho na telona sem mexer um músculo. Gol do mengão. Festa no estabelecimento comercial e lá fora, mais estampidos, agora de grosso calibre.
Nesse momento entendi o que faltava. Na minha estada na cidade do interior não existia um elemento... o tiro. Não ouvi sequer um estalinho, aqueles de festa junina. Não visualizei uma viatura policial, nada que pudesse gerar um confronte seguido de estampidos proporcionados por armas de variados calibres.
Nós “Ratos Urbanos” que achamos normal uns estampidos promovidos por arma de fogo, não conseguimos nos acostumar com sapos, grilos e outros bichos proporcionando ruídos, substituindo os artefatos produzidos pela indústria de George W. Bush.
Não acredita?
Faça o teste.........
Não seria preocupado Larosa, pois podem quebrar a rotina da pacata cidade?
Não caro leitor! De pacata não tem nada. Cidades próximas as capitais, em todo o Brasil, possuem um grande movimento, afinal, são municípios satélites ou dormitórios, berço de pessoas que trabalham ou estudam nos grandes centros e que nos finais de semana retornam com as características e agitos das grandes metrópoles.
Importam as festas, os modismos, os hábitos como um chopp de final de tarde (e até madrugada) e para não perder o discurso, a presença das drogas e da violência, características de Rio e São Paulo, só para citar as que lidaram as estatísticas negativas sobre o tema.
Estava eu comentando que não me sentia totalmente à vontade na cidade, um lugar calmo, temperatura próxima ao 10 graus, gente bonita....Poxa, mas que ainda faltava algo. Depois de um dia inteiro sem emoções, chega a noite. Fria e embalada por músicas, do estilo funk, bem ao longe ecoando entre a serra, o panorama não se mostra animador e tudo levava a crer que a madrugada seria calma.
Ao amanhecer, um ótimo café da manhã, típico do interior, com fartura e grandes possibilidades de ganhos, de peso é claro. Ao final do trabalho, em pleno domingo, descobri que a cidade parou. Fechou tudo, até os botequins(?). Famílias reunidas para o almoço deixaram a cidade mais clama que no dia anterior. Ahhhh, mais um dia assim e ficou louco. Mas, o que está faltando?
Tenho hospitalidade, calor humano, lazer e o melhor, recebendo para isso, e ainda assim algo me incomoda. A noite chegou e a hora de voltar se aproxima. Uma amiga pergunta.... “Você está triste?” Respondi que não. Ela perguntou mais uma vez. “Você não gostou da nossa cidade?” Respondi que adorei. Insistente, ela disparou... “Então o que falta?” Respondi mais uma vez...Não sei! Algo está errado ou fora da ordem social.
No caminho de volta, o cenário de vacas pastando próximo a pista, cavalos soltos, gente margeando a pista e até sentados a beira dela, foi se transformando, onde havia vaca, encontrei uma Van. Ah, no lugar dos cavalos barraquinhas de camelô a beira da estrada. Pontos lotados a espera do transporte coletivo de sardinhas, opa perdão de massa. Sinais....estou chegando a civilização.
Ao entrar na primeira via de acesso a cidade maravilhosa deparei com algo familiar, uma viatura da PM. Algo mudou mais uma vez. Senti uma sensação de bem estar, típico das pessoas que chegam ao seu lar. Quilômetros a frente, um policial militar parando os carros “BACANAS” e liberando os “CAIDINHOS”, poxa estou em casa, foi a felicidade de um “SER URBANO”.
Ai você me pergunta..... O que afinal te perturbou na pacata cidade do interior? Bem lembrado. A noite, assistindo em um telão de bar o jogo do mengão..... mais uma neles, ouvi o estampido. Seguido de mais outros e outros. No bar, nada de diferente, todos de olho na telona sem mexer um músculo. Gol do mengão. Festa no estabelecimento comercial e lá fora, mais estampidos, agora de grosso calibre.
Nesse momento entendi o que faltava. Na minha estada na cidade do interior não existia um elemento... o tiro. Não ouvi sequer um estalinho, aqueles de festa junina. Não visualizei uma viatura policial, nada que pudesse gerar um confronte seguido de estampidos proporcionados por armas de variados calibres.
Nós “Ratos Urbanos” que achamos normal uns estampidos promovidos por arma de fogo, não conseguimos nos acostumar com sapos, grilos e outros bichos proporcionando ruídos, substituindo os artefatos produzidos pela indústria de George W. Bush.
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