sábado, 29 de maio de 2010

Ciclo de vida do Varejo

Como na vida, nascemos, vivemos e morremos. Os espiritualistas dizem que reencarnamos e uma nova vida renasce. Assim também ocorre no mercado. Cabe aos empresários, profissionais de gestão e marketing, varejista e vendedores não deitar em berço esplêndido ou muito menos, se acomodar com o seu ponto de conforto. Aprender a aprender, ou seja, não achar que já sabe o suficiente e buscar por uma atualização e conhecimento.
O varejista deve buscar constantemente redefinir seu mercado alvo, pois como tudo na vida as mudanças mercadológicas ocorrem conforme a evolução social da comunidade, do logradouro cidade.... Outro ponto é acompanhar o comportamento do consumidor, que reage as mudanças sociais. Tentar pensar além do preço ao produzir alguma promoção ao cliente.
O varejista não existe sozinho, ou seja., deve buscar contato com uma associação de varejistas, sindicatos e participar de work shops, palestrar ou na internet consumir conhecimento através de vídeos testemunhais ou texto que mostrem as tendências e necessidades do varejista moderno.
Produtos, serviços, mercados e tendências tem seu inicio, meio e fim, o ciclo da vida é igual no ciclo do mercado ativo. Segmento que hoje estão em alta amanhã não estarão.
Vamos ver o exemplo sazonal da Copa do Mundo. O ciclo é bem claro e dois antes do evento o varejista já se preocupa com a produção e estocagem de produtos com as cores verde e amarelo. Semanas antes da abertura da Copa as lojas já estão repletas de produtos. As vendas são garantidas, mas de acordo com o caminhar da Seleção Brasileira, esses produtos podem vender mais ou não. Se o time de Dunga chegar a final, será uma corrida as lojas para adquirir mais produtos. Uma semana depois da conquista do Hexacampeonato chegará ao fim o ciclo de vida dos produtos verde e amarelo.
Todo o ramo de negócios está sujeito a sol, chuva e trovoadas. A crise econômica ocorrida no final de 2008 abalou o sistema hoteleiro e de turismo no país. Não foi por falta de aviso. Estudiosos apontavam para uma grave crise econômica na Europa e EUA. Associações e sindicatos promoveram encontros para discutir iniciativas para suportar a onda negativa que estava para chegar. Sem euros para gastar, os turistas não vieram e um grande buraco negro se abriu no setor até meados de 2009. Hoje o ciclo de vida do turismo e afins se reinventou. Injeções de ânimo como Copa do Mundo no Brasil e Olimpíadas, além da carteira de encargos sociais exigidos pelos organismos internacionais que regulam os eventos, revitalizaram o setor. Muitos turistas vão querer conhecer o país que será sede da próxima Copa do Mundo e esse final de 2010 promete para o setor.
O ciclo de vida no varejo pode ser comparado a uma “gangorra”, ele sobe ou desce. Cabe ao varejista estar sempre disposto a aprender e se unir aos grupos do setor para acompanhar de perto as tendencias ou alertas de perigo. Uma andorinha não faz verão mesmo. O varejista deve estar disposto a aprender a aprender. Assim alcançará base de conhecimento suficiente para reinventar seu negócio quando necessário.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ciclo de vida e riscos de produtos

No curso de Gestão de Varejo do SENAC-RIO levantei a seguinte questão para discussão da semana: O evento sazonal Copa do Mundo e a venda de produtos relacionados.
No ciclo de vida do varejo passamos pelo processo de compra (variedade de produtos em diferentes fornecedores), o primeiro passo para o negócio. Mas, é importante ter em mente o que vender, para quem vender, onde vender, como vender e de que forma vou manter os produtos armazenados. O varejista deve ter o cuidado com os seguintes pontos: seleção, armazenamento e risco do produto. Procuramos selecionar um ou mais produtos visando clientes em potencial, ou seja, projetar que determinado produto(s) terá uma grande procura devido ao modismo ou evento sazonal.
Hoje vimemos a expectativa da Copa do Munda da África do Sul. O comércio varejista pré-supõe que produtos relacionados com o evento serão consumidos rapidamente: camisas do Brasil (oficiais e piratas), cornetas, enfeites em verde e amarelo....., ou seja, existe toda uma expectativa de venda em grande escala até a primeira rodada da Copa, pelo menos. Assim o varejista estoca os produtos, devidamente protegidos ou não muito bem acondicionados, em um numero muitas vezes excessivo, contando em atender o cliente e até criar algum tipo de promoção.
Cabe ao varejista estimar seu público ou buscar informações sobre as vendas em época de Copa do Mundo. Conversar com outros varejistas (pode ser de outra praça), estudar a concorrência, afinal ele não será o único a comercializar esse tipo de produto(s), e definir com segurança que tipo de produto(s) poderá ter uma maior procura. Nem tudo que está relacionado com a Copa terá venda garantida. Feito isso, o varejista tem uma outra preocupação, o risco do ciclo de vida do produto(s) comercializado por ele. Pode ocorrer uma estocagem de forma errada (local não é próprio para determinado produto), fatores climáticos inesperados e até a eliminação precoce da Seleção Brasileira na primeira fase da Copa, o que seria uma garantia de encalhe do produto(s).
O varejista não deve agir por impulso e sim com a razão. Buscar a pesquisa sobre eventos anteriores e só assim poderá buscar o produto mais adequado a sua logística e de menor risco de obsolência.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A flexibilidade da educação

No meio acadêmico, e fora dele, se discute a eficiência do ensino presencial diante do método a distância. Não vamos discutir se “A é melhor que B”. Na evolução natural da educação o ensino a distância é mais uma forma de educar e ensinar que atende a um determinado tipo de público, os sem tempo. Os conteúdos programáticos básicos são regulamentados pelo Ministério da Educação (MEC) para todo o território Nacional (nos cursos de graduação), assim o indivíduo pode escolher que modalidade melhor lhe atende com toda a segurança. Não existe essa história de que a EAD veio substituir o presencial. Não! Toda e qualquer modalidade de ensino deve ser disponibilizada para flexibilizar o cotidiano dos educandos, que buscam conciliar seus estudos as exigências do mercado de trabalho. A educação é continuada e a qualificação profissional uma realidade para o sucesso na carreira. Como estudar se não tenho tempo? A resposta pode ser a EAD.

A Educação a Distância é uma modalidade de ensino bem adequada ao novo perfil do homem do século 21. A EAD engloba os avanços tecnológicos e os multimeios a serviço da formação profissional e social do indivíduo. Diante de tecnologias 3G, interatividades, networks entre outros, os jovens e profissionais liberais cada vez mais buscam essa modalidade de ensino como forma de melhor aproveitar o pouco tempo disponível para a busca da qualificação profissional.

A EAD proporciona algumas vantagens, em relação a modalidade presencial, como a maior penetração junto ao público alvo, o custo e o benefício mais favorável por estudante, flexibilidade na aprendizagem e direcionamento dos conceitos específicos, mais próximo ao interesse do educando. Não se trata de uma modalidade de ensino personalizada para diferentes segmentos, mais permite ao aluno escolher a hora, a forma e o momento que desejar para cumprir suas atividades acadêmicas. O Ambiente Virtual de Aprendizagem (plataforma de ensino), como é conhecida a sala de aula, se desenvolve em um ambiente interativo onde tutores (professores qualificados em EAD) trocam experiências, promovem debates (fóruns), ministram o conteúdo programático, acompanham o desenvolvimento do aluno e as atividades de avaliação, e ainda sobra um tempinho para conversar pelo chat. Acompanhe.

Pontos importantes do Ensino a Distância

Penetração: É possível atingir mais pessoas, principalmente em áreas mais distantes, onde o deslocamento inviabiliza a inscrição ou continuação do curso de longa duração. Podemos direcionar determinada qualificação para logradouros que necessitam de mão-de-obra especializada, sem sair de casa. Ou atender empresar em treinamentos ou qualificação de seus funcionários.

Docentes mais qualificados: O professor de sala de aula deve passar por um processo de reciclagem digital para que possa dominar os recursos oferecidos pela plataforma de ensino e tirar dela o melhor para o desenvolvimento de seus alunos. Aprender a interagir de forma individualizada com seu educando. Reaprender a utilizar seu tempo/espaço em uma sala de aula virtual. Aprender a aprender é o cotidiano das pessoas que escolheram a educação como profissão. São sujeitos em constante renovação. O ponto mais forte dos curso em EAD, segundo pesquisa com alunos em curso do Senac-RJ.

Ensino mais flexível: Possibilita ao educando determinar o momento de estudar. Gerenciar o tempo é uma novidade para grande parte das pessoas nos dias de hoje, mas a necessidade de qualificação e uma melhor colocação no mercado de trabalho obriga o indivíduo a gerenciar melhor seu tempo para que possa buscar o conhecimento necessário. Se o aluno dispor de 30 minutos do seu tempo, como às 23h30, quatro vezes na semana, ele será capaz de ler, buscar, interagir e promover suas atividades de avaliação em casa ou em qualquer outro lugar, desde que esteja disposto e motivado. Sem deslocamentos pelos engarrafamentos das grandes cidades ou matar aula na sexta-feira para um chopinho com os amigos. Via internet (plataforma de ensino, TV na WEB, vídeo conferência, CD-RUM, banco de dados, bibliotecas virtuais, .....) o sujeito que aprende possui uma série de textos com links para outras janelas de conhecimento espalhadas pelo espaço virtual 24 horas por dia. Pode ser nos intervalos do trabalho, na volta para casa em seu aparelho celular, durante uma viagem, entre outras. O educando não pode por a culpa na alta de tempo.

Ensino mais pessoal: Partimos da seguinte afirmativa: um individuo não é igual ao outro, muito menos aprende da mesma forma. Em educação presencial tentamos ensinar o conteúdo para todos os presentes na sala de aula, mas poucos se limitam a perguntar ou tirar dúvidas, temendo por um erro seguido de gargalhadas do colegas. Temos também os introvertidos e os que possuem alguma dificuldade de aprendizagem. No ensino a distância a interação tutor / educando é individualizada, sem barreiras, sem gargalhadas e as dificuldades são esclarecidas em tempo real. O aluno promove as leituras propostas e as atividades de avaliação tutoriado pelo professor.

Ensino e interatividade: Sabemos que a aprendizagem também é uma troca de experiências e conteúdos, assim no ensino a distância os educandos participam de fóruns, onde os pensamentos críticos sobre determinado tema estudado e disponibilizado. Todos os que concordam ou não com seu pensamento participam deixando uma outra critica ou pensamento construtivo sobre o fato. Os demais alunos podem promover debates sobe um tema do cotidiano, lincado ao tema proposto no conteúdo programático da semana, por exemplo. O bate-papo virtual é possível no Ambiente de Aprendizagem Virtual. Alunos logados trocam informações ou simplesmente conversam sobre o cotidiano nos chats.

Custos e seus benefícios: Diferente do quadro negro e do giz, é necessário um suporte técnico de qualidade para que a satisfação do educando agregue valor ao curso ministrado. Um cliente satisfeito indica para outro cliente. Essa é uma das maiores verdades de mercado e não podemos deixar de lado. Mas, o investimento em tecnologia, treinamento de professores e desenvolvimento da plataforma de ensino se paga ao longo do tempo. O custo inicial de desenvolvimento do projeto pode ser rateado pelos diferentes cursos ou turmas ao longo do processo. Um curso em EAD bem planejado e estruturado, além do suporte tecnológico, pode ser oferecido várias vezes sem que isso afete o custo de desenvolvimento do projeto. Gestores educacionais buscam otimizar seus custos em instituições de ensino, sejam de nível médio ou universitário. Sabemos que o maior inimigo é a evasão. Turmas de graduação chegam aos últimos períodos com um número reduzido de alunos, o que inviabiliza o custo de uma turma aberta gastando luz, salario de professor, manutenção de equipamentos de ensino, limpeza.....ufa, sem que exista um mínimo da educandos para custeá-la. Prejuízo. Se em cada unidade ou campus existem turmas deficitárias, então como englobar todos esses alunos para que formem uma turma com pelo menos 20 alunos por disciplina? Através da EAD, isso é possível. Assim como manter um curso de especialização ou qualificação profissional em todo o Brasil, sem sair de sua cidade.

Lembre-se, no ensino a distância o cliente escolhe como e guando estudar. Se vai ser em casa, no trabalho ou na praia, não importa. As instituições de ensino disponibilizam as ferramentas e conteúdos que facilitem a aprendizagem. Cabe ao educando ter disciplina para estudar e trabalhar, organizar seu tempo para evitar o acumulo de atividades, manter-se no ambiente familiar ou profissional, procurar interagir e trocar suas experiencias de aprendizagem com os demais colegas de classe. Sendo um custo por cada aluno bem menor que na modalidade presencial. Sem salas, prédios, estacionamentos, flanelinhas......Pense nisso. Pensa na flexibilidade da educação.

A educação deve se multiplicar em modalidades, quem ganha é a sociedade.

Prof. Ms. Marco Larosa
Especialista em EAD.