Marco Larosa
O futebol é um esporte diferenciado, não só pelo espetáculo que proporciona aos seus torcedores como a divergência de opiniões que ele promove. Tudo isso por que a preferência nacional esportiva mexe com a emoção humana, mais do que qualquer outra modalidade seja coletiva ou individual. Leigos torcedores como profissionais da crônica esportiva, que também torcem, é claro, não escondem essa paixão futebolística.
O Flamengo iniciou o Campeonato Brasileiro vencendo e se manteve na frente por algumas rodadas. Seus torcedores e parte da crítica esportiva apontavam o rubro-negro como o time a ser batido. Em 2009 estaremos de volta a Taça Libertadores, agora como campeões do Brasil....coisas assim. Com a venda de seus principais (?) jogadores, segundo os jornalistas de Platão, como Souza, Marcinho e Renato Augusto, caiu de produção e despencou na tabela, permanecendo ali entre a sétima e oitava posições. Pronto, foi motivo de sobra para protestos com direito a bomba, ao estilo “Bin Laden”, e ouvir da mesma crônica que o “cavalo paraguaio” mancava na pista de grama do Hipódromo da Gávea, diria nosso turfista, Zarani.
O sinal de tempestade foi acionado na Gávea e seus dirigentes temendo dias sombrios e explosivos, iniciaram um processo de caça aos craques(?) com uma metodologia bem curiosa, a do conta-gotas, ou seja, um nome e uma possibilidade, mas nada de concreto. Pronto, foi o suficiente para gerar pautas jornalísticas e subir os picos de audiências, nas programações esportivas de rádio e Tv. Os jornais, não tão imediatos, procuravam se aprofundar nas notícias e dissecar o perfil do possível contratado do Mengão. Vagnes Love(?), Morales(?) e Felipe ancoravam a barca da Cantareira que aportaria no Rio. O tempo passou..., passou... e nada. A barca chegou, mas trazendo jogadores com nomes no diminutivo sem o mesmo glamour dos anteriores, mas até que resolveram a parada. O time voltou a vencer e convencer, inclusive fora de casa e o resultado está ai, disputando palmo a palmo com o outro carioca, o Botafogo, a quarta posição na tabela e a vaga no G4.
A torcida, bem voltou a sorrir e apoiar o time. A crônica anda meio desconfiada, afinal o Flamengo ainda não está com sua força máxima em campo. Os reforços foram regularizados agora e para colocar em “cheque” o poder de reação do Mengão, uma partida enjoada hoje contra o São Paulo, no Morumbi. Se o Flamengo vencer, e espero que vença, vai sem dúvida disputar a liderança da competição e se tornar campeão nacional. Caso contrário, vai disputar a Libertadores no ano que vem sim, mas vai ficar vendo mais um titulo passar em sua vida, ou melhor, entre os seus dedos.