sábado, 19 de setembro de 2009

Ventos e lideranças

Os bom ventos sopraram na colina. As rajadas de vento anunciadas pelo serviço de meteorologia que atingiriam o Rio de Janeiro(pode ser até que tenha ocorrido ontem) sopraram mesmo foi no Maracanã, durante a partida entre Vasco e Guarani, líder e vice-líder do Campeonato Brasileiro da Série-B. A ventania carregou o Vasco para bem perto da primeira divisão com a vitória de ontem, por 1 a 0, diante de mais de 52 mil pessoas no Estádio Mário Filho. Ventania do bem, pois impulsionou o time cruzmaltino em campo, e de quebra, empurrou o goleador Élton para a artilharia isolada da competição com 13 gols. Bons ventos sopraram no sábado a favor do Gigante da Colina.
No mesmo horário, os ventos atingiram o Estádio Giulitte Coutinho, em Edson Passos, onde o América recebeu o Profute, pela última rodada da fase de classificação do Campeonato Carioca da segunda divisão. O vento soprou o Profute para longe e o Mecão venceu por 2 a 0, garantindo também a liderança da competição, que a exemplo do Vasco, com a melhor campanha entre os 20 participantes.
Larosa, será que os fortes ventos podem soprar mais uma vez no Maracanã e levar o Flamengo para mais perto do G-4?
Espero que sim, caro leitor. Somente uma ventania pode levar o Mengão mais próximo do grupo que disputará a Libertadores. Se o técnico (???) Andrade conseguir que Adriano, Petkovic e Leo Moura tenham a mesma liberdade do jogo contra o Sport, pelo posicionamento tático, o Fla pode vencer sim. Agora, caro leitor, esperar que o vento sobre a favor de Fierro e Denis Marques para que joguem alguma coisa, bem, nem com furacão.
Em tempo, barrar o Willians, o maior ladrão de bolas do campeonato e bem entrosado com o Aírton e Ronaldo Angelim é no mínimo curioso. Não é hora de castigar o jogador que mais cartões recebeu na competição. Se ele é muito, mais muito melhor que Fierro e Maldonado, e o Flamengo necessita de vitórias, por que não escalar o jogador. Depois alguns irão comentar que foi o vento forte. O vento que trouxe você Andrade, pode te levar de volta. Abre o olho, com o vento.
Larosa, o vento pode chegar no Estádio Olímpico e impulsionar o meu Fluminense para fora da zona do rebaixamento?
Torcedor, o vento não opera milagres. Vamos rezar.

sábado, 12 de setembro de 2009

Triste cenário televisivo

Quando escuto alguém, em tom de brincadeira, afirmar que hoje é dia dos desesperados, me lembro da pegadinha do Sérgio Malandro e sua “Porta dos Desesperados”, sátira ao programa Porta da Esperança, do comunicador Sílvio Santos. No portal do Sílvio, prêmios grandiosos, assim como na zona de classificação para a Copa Libertadores da América. Suas quatro portas classificam para a competição latina e apenas uma leva o vencedor ao título do Campeonato Brasileiro. O portal do Malandro é o nosso G-4 negativo, onde seus participantes, além de garantir o rebaixamento para a Série-B, levam torta na cara e todo tipo de gozação das torcidas adversárias. “Os vascaínos sabem muito bem o que significa a Porta dos Desesperados”. Ah, tricolores e alvinegros também.
E logo mais, no Maracanã, uma das três portas se abrirá e um dos clubes pode se tornar menos desesperado com a vitória. O empate mantém o desespero e a derrota.... Fluminense e Botafogo, outrora “Clássico Vovô”, tornou-se o “Clássico dos Desesperados”, um triste retrato das gestões desastrosas dos dirigentes do Rio de Janeiro, incluo a Federação do Rio nesse bolo. Fluminense e Botafogo deveriam estar decidindo a liderança da competição e, ao contrário, estão em uma posição desagradável na tabela e correndo o risco de abrilhantar o comércio televisivo da segunda divisão, com suas cotas de transmissão exclusiva, claro, mediante ao pagamento. Esse papo que a segundona é uma “boa” para que os clubes se estruturem melhor, é conversa de rebaixado. De quem já está lá e se tornou chacota dos amigos torcedores. . “Boa”, para mim é a garota da cerveja.
Os dirigentes devem tomar uma atitude já. Será que o impeachment do presidente do Tricolor é a solução? Ou é apenas mais um fator eleitoreiro? Atenção, torcedor tricolor! Desconfie dessa prática, pois o momento é de união para fugir do rebaixamento. Na minha leitura, é mais um candidato que vai cometer os mesmos erros da atual administração. Assim, o amadorismo via se perpetuando no futebol de nossa cidade e os clubes cariocas cada vez mais afundando em dívidas e no futebol, dentro de campo.
Em tempo: Se um clube está mergulhado em dívidas, digo na casa de milhões de Reais, então por que tantos candidatos aparecem para concorrer ao cargo de presidente? Você, leitor, assumiria uma empresa falida? E pior, sem receber salário?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Ora quem tem Fé

Feriado é feriado no Rio, mesmo que o sol esteja entre nuvens, mas é motivo para o encontro dos amigos torcedores no orla da cidade. Entre um chopp e outro notei que a tristeza de dois queridos tricolores, Ana e Cláudio, que diga-se de passagem estiveram ontem aos pés do Cristo redentor participando da missa campal promovida por ilustres tricolores para espantar a”zica” e de quebra a “uruca” das pernas dos jogadores do Flu, que não tem acertado um passe e o gol então.... Ihih.., bem longe das traves. Eles contaram que nunca pensaram que um dia no vida de torcedor de tantas glorias futebolisticas tivesse que recorrer a “Fé” para sair de uma posição incômoda.
É Larosa, nem quando o clube foi rebaixado para a terceira divisão me incomodou tanto. Ontem senti uma dor profunda e quando apelamos para o misticismo é que a coisa está fora de controle. Afinal, quando apelamos a Deus, é que as esperanças nos homens já não existem mais, disparou Ana, parecendo ainda não acreditar que trocou a hora do almoço por uma missa em ação de graças ao desespero tricolor.
Calma aí, Larosa! Exclamou Cláudio Os flamenguistas não, podem rir dessa situação pois sempre recorrem à São Judas Tadeu nas horas difíceis. Até o padre da igreja tem que ser rubro-negro. Existe um time mais místico que o Flamengo?
Você tem razão, Cláudio Os flamenguistas não escondem sua fé, muito pelo contrário, se a fé coletiva faz parte da cultura social do povo brasileiro e a torcida do Flamengo é a grande massa carioca e nacional, que encarna esse perfil do nosso povo é normal recorrer à “Fé” como possível solução, ou até, alento para os males gerencias dos clube, se é que você me entende. Cláudio, você esqueceu do João de Deus? Você mesmo entoou este cântico nas arquibancadas do Maracanã, lembra?
A manifestação de ilustres tricolores, somados à alguns não tão ilustres assim, significa que neste momento a união terá que fazer a força para livrar o time do rebaixamento no Brasileirão. No meu ponto de vista os clubes cariocas deveriam profissionalizar os departamentos de futebol e só assim, não passaríamos por situações humilhantes de rebaixamento e motivo de gozação em estados como São Paulo. Lembro de um slogan: Administrar é para administrador. O que não ocorre nas direções de nossos clubes.
Deixando de sonhar com dias melhores, o jeito é clamar à Deus. Então, ora quem tem fé.