Marco Larosa
Estávamos caminhando tão bem..... O Campeonato Carioca transcorria na maior normalidade, como toda a competição futebolística deve ser, em campo. Os grandes clubes fazendo o seu papel e os pequenos tentando surpreende-los, como ocorreu com o Botafogo e o Vasco que perderam pontos para Volta Redonda e Americano, respectivamente. Mas nada que ofuscasse o brilho do campeonato mais charmoso do Brasil, até o momento. Aí, entra em campo o Tribunal Federação do Rio de Janeiro, que tirou 6 pontos do Vasco, na ultima quinta-feira, por ter escalado o meio-de-campo Jefêrson sem que o jogador estivesse regularizado na Ferj. O Vasco escalou o atleta por meio de liminar.
Pronto, caro leitor. Esse é o velho “Caixão” que eu conheço. Caixão, bem era assim que o Campeonato Carioca era conhecido nos tempo do presidente da Federação, Eduardo Viana, já falecido. Liminares, jogos com arbitragens duvidosas, desmandos.... Em fim, uma manha na competição carioca. O tempo passa, os dirigentes mudam e mais uma vez a história se repete.
O Vasco está sendo prejudicado e o Fluminense, que não está bem na competição foi ressuscitado para a disputa de uma das vagas para a semifinal no Grupo A . O time da colina ganhou os pontos em campo de forma licita e com muita garra de seus jogadores. Que se puna o jogador ou o clube com alguma sansão. Não o time e a competição. Que prevaleça o bom senso.
O Vasco vive um inferno astral. Além da punição com a perda dos pontos no “tapetão”, seus dirigentes (ou ex-dirigentes) não satisfeitos com o quadro atual, ainda arrumam problemas entre eles mesmos. Afinal, a atual diretoria estava preparada para gerenciar o Vasco da Gama ou apenas se uniram para derrubar o ex-presidente Eurico Miranda?
Se você respondeu a segunda opção, parabéns. Acredito que os dirigentes não estão pensando na instituição Vasco da Gama. Cada um pensa em si. Cada um pensa no seu interesse. Cada um está preocupado em aparecer mais do que o outro. Você viu a coletiva de quinta-feira, em São Januário, caro leitor? Assim, o ex-presidente Eurico Miranda ganha força entre sócios e torcedores para enfrentar o Roberto Dinamite na próxima eleição.
Que inferno astral vive o cruzmaltino.