Mais um belo sábado de sol na orla carioca, mas o papo entre os torcedores me surpreendeu. Nada de Flamengo, Vasco, Botafogo, América e Fluminense. Nada de semifinais entre os grandes. Não, meus caros leitores. O assunto era: cartolas X jogadores e a lambança na compra de ingressos. Como eu, por uma questão de princípio, não escrevo sobre cartola, afinal eles não marcam gols e nem promovem belas jogadas em campo...., não comento e nem cito nomes, para não promover ai, quem sabe futuros postulantes a cargos públicos como vereadores e deputados. A história já nos mostrou isso, não é verdade, caro torcedor?
Então, ouvi atentamente meus amigos no papo sobre a venda de ingressos no Campeonato Carioca. Uma lambança seguida de outra lambança. Segundo o seu Manoel Tamancas, do programa do Francisco Barbosa, nas manhãs da Rádio Tupi, parece até piada de brasileiro. Como não vender ingressos nos jogos? Há mais de 2000 anos, as vendas de ingressos no Maracanã são assim, filas enormes nos guichês e nas roletas para entrar no estádio. E pasmem, até hoje ninguém reclamou, pois os estádios continuam cheios, pelo menso aqui no Rio.
Calma aí, Larosa. Eu não gosto do empurra-empurra na filas e da falta de educação dos funcionários da SUDERJ, que nos tratam como cachorros. Me sinto incomodado sim.
Verdade, caro leitor, mas esses fatos não o impediram de frequentar o Maracanã nos últimos 50 anos. Mas sei que você não conseguiu comprar ingresso no jogo do Flamengo. Sei que você foi até a Gávea de táxi e encarou fila, voltou e pegou engarrafamento, e para piorar, só conseguiu entra no Maraca no fim do primeiro tempo. Acho que o incomodo e o gasto foi bem maior.
Toda e qualquer mudança de “cultura” deve ser gradativa, justamente para não causar impacto e resistência da pessoas envolvidas. Não foi assim que os dirigentes, tanto dos clubes e da Federação de Futebol do Rio agiram. Tentaram impor na marra e o resultado está aí, lambança. Novas regras foram implantadas ontem e a compra, alem da tradicional, poderá ocorrer com cartão de recarga, como os do Metrô Rio.
Se o objetivo é afastar o torcedor dos estádios, os dirigentes estão se superando. Os ingressos aumentaram e a assinatura do canal exclusivo de futebol também. Assim nem nos estádios e nem a frente da telinha, o torcedor poderá acompanhar seu time do coração.