Flamengo e Botafogo, Botafogo e Flamengo. O resultado certamente vai deixar o Rio de Janeiro mais feliz. Bandeiras, buzinaços, bares e restaurantes cheios de torcedores comemorando a vitória de seu time de coração, mas com moderação. Será sem dúvida uma das mais bonitas festas esportivas que essa cidade já viu.
Sim, mas seria uma comemoração como tantas outras ao longo da história dos campeonatos do Rio de Janeiro, diria o leitor mais atento. Na verdade, esse parece ser especial. Desde pequeno, quando freqüentava o Maracanã, com a velha arquibancada de cimento com meu tio, que não via a cidade tão colorida por bandeiras nas varandas dos apartamentos, pessoas vestidas com os “mantos” de seus clubes, nos sinais de transito vendidas por camelôs e nos carros circulando pelas ruas da cidade maravilhosa. Colorido esse que desapareceu com os constantes conflitos entre torcidas organizadas. A forma de demonstrar sua paixão por um clube, se resumia ao estádio e apos a partida, a camisa era retirada para evitar agressões. Tempos sombrios esses.
Hoje, vejo várias pessoas comprando bandeiras enfeitando os carros, sem que algum engraçadinho de outra torcida, tente retira-la do veículo. Em cada sinal de transito, existe um ambulante vendendo muitas faixas, camisas de procedência duvidosa com sotaque “porteño” e bandeiras bem grandes, não em mastros de madeira, mas em PVC. O bacana é a grande aceitação, por parte dos consumidores. O Rio está diferente. Isso é muito bom.