Papo com o leitor
Marco Larosa
O que aconteceu com o Fluminense? Nada demais. Calma, torcedor. Existiu uma disputa e o Tricolor obteve a oportunidade, pela segunda vez, de tentar erguer a taça de campeão da Copa Libertadores, mas não foi feliz. Por quê pela segunda vez? Bem, na primeira, em Quito, a Liga Deportiva Universitária-LDU ganhou por 4 a 2. O Fluminense deu muita sorte, pois o time equatoriano resolveu garantir o resultado e reduziu o ritmo de jogo. Caso contrário, a vitória poderia ser de 6 a 2. Aí, a LDU jogaria no Maracanã com a faixa da campeão no peito, para mais de mil pessoas no maior e mais belo estádio do mundo.
A segunda chance existiu e o técnico Renato Gaúcho, na minha opinião, foi fundamental para que o estádio estivesse lotado, com mais de 80 mil pessoas. Motivou o jogo, com frases de efeito, afirmativas que para muitos parecia arrogância e prometeu o título. Caro torcedor e leitor onipotente, sei que é difícil, para muitos, conseguir desempenhar mais de uma função na vida e na profissão, então resta criticar quem sabe. O Renato foi um craque de bola, é um ótimo técnico, acima de tudo, sabe promover uma partida como ninguém. Isso é marketing.
O Renato é o técnico que todos os clubes gostariam de possuir em seus quadros. Ele sabe promover um jogo, motivar jogadores e torcedores. Afinal, foi 4 a 2 em Quito, logo, como motivar o torcedor para apoiar a equipe ao ponto de lotar o Maracanã? O Fluminense tinha chance de fazer os três gols necessários? Sim leitor, tanto que marcou todos na noite de quarta-feira, mas futebol é jogado por mais 11 do outro lado e esqueceram que a LDU tem ataque. Foi 3 a 1 e o time das Laranjeiras não conseguiu o resultado esperado.
Ah, sim. O Renato Gaúcho é o técnico ideal para as pretensões do patrocinador. Ele atrai para si a mídia, que esquece até dos jogadores. Ele veste a camisa do time até na beira do gramado, estampando assim a marca do patrocinador em todos os momentos que as lentes midiáticas estão focadas nele, como no chororó midiático n gramado do Maracanã ao final da partida contra o Boca Juniors da Argentina. No mundo globalizado, onde qualquer coisa pode se tornar um grande produto de consumo, não existe mais lugar para pessoas que não conseguem ser multifacetados, seja no jornalismo, na administração, na educação e por que não, no futebol. Isso é Marketing esportivo.