segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ciclo de vida e riscos de produtos

No curso de Gestão de Varejo do SENAC-RIO levantei a seguinte questão para discussão da semana: O evento sazonal Copa do Mundo e a venda de produtos relacionados.
No ciclo de vida do varejo passamos pelo processo de compra (variedade de produtos em diferentes fornecedores), o primeiro passo para o negócio. Mas, é importante ter em mente o que vender, para quem vender, onde vender, como vender e de que forma vou manter os produtos armazenados. O varejista deve ter o cuidado com os seguintes pontos: seleção, armazenamento e risco do produto. Procuramos selecionar um ou mais produtos visando clientes em potencial, ou seja, projetar que determinado produto(s) terá uma grande procura devido ao modismo ou evento sazonal.
Hoje vimemos a expectativa da Copa do Munda da África do Sul. O comércio varejista pré-supõe que produtos relacionados com o evento serão consumidos rapidamente: camisas do Brasil (oficiais e piratas), cornetas, enfeites em verde e amarelo....., ou seja, existe toda uma expectativa de venda em grande escala até a primeira rodada da Copa, pelo menos. Assim o varejista estoca os produtos, devidamente protegidos ou não muito bem acondicionados, em um numero muitas vezes excessivo, contando em atender o cliente e até criar algum tipo de promoção.
Cabe ao varejista estimar seu público ou buscar informações sobre as vendas em época de Copa do Mundo. Conversar com outros varejistas (pode ser de outra praça), estudar a concorrência, afinal ele não será o único a comercializar esse tipo de produto(s), e definir com segurança que tipo de produto(s) poderá ter uma maior procura. Nem tudo que está relacionado com a Copa terá venda garantida. Feito isso, o varejista tem uma outra preocupação, o risco do ciclo de vida do produto(s) comercializado por ele. Pode ocorrer uma estocagem de forma errada (local não é próprio para determinado produto), fatores climáticos inesperados e até a eliminação precoce da Seleção Brasileira na primeira fase da Copa, o que seria uma garantia de encalhe do produto(s).
O varejista não deve agir por impulso e sim com a razão. Buscar a pesquisa sobre eventos anteriores e só assim poderá buscar o produto mais adequado a sua logística e de menor risco de obsolência.