terça-feira, 20 de maio de 2008

Qual a sua superstição?

O Brasil é o país de maior crendice religiosa do mundo. Aqui, católicos, evangélicos, espíritas, budistas... praticam sua religiosidade. Uma enormidade de denominações que nos levam a ficar um pouco mais perto do pai maior, Deus. Então, também podemos escrever que a nação tupiniquim é a mais supersticiosa do planeta.
Ah, Larosa tá brincando!
Não estou. Vamos ler sobre a definição de superstição: é uma crença irracional sobre a relação causal entre certas ações ou comportamentos e ocorrências posteriores, como a crença comum. Traduzindo para o "cotidianês", superstição é uma crença errônea que transmite uma falsa idéia a respeito do sobrenatural. Diz a crença popular que se a palma da mão coçar é sinal que irá receber dinheiro. E o "gato preto", e a escada, o que me dizem? Em países como Argentina e Estados Unidos, não existe o décimo terceiro andar. Nos botões dos elevadores, do número 12, salta para o 14.
Não posso deixar de lembrar da mística camisa 13 do alvinegro Zagalo, uma lenda viva do futebol e da superstição. Nosso recordista de campeonatos mundiais, como jogador e técnico, protagonizou belas histórias de pura superstição. Ah, não posso esquecer o tricolor Nelson Rodrigues, que escrevia sobre o seu "Sobrenatural de Almeida".
Como pode notar, caro leitor, o mundo do futebol não poderia ser diferente. Esta semana, o Glorioso Botafogo reedita uma de suas belas histórias de superstição, o cachorrinho da raça Beagle, conhecido como Perivaldo, foi um dos responsáveis pela vitória de 2 a 0 sobre o Atlético-MG, pela Copa do Brasil. O cãozinho, que possui uma estrela nas costas, é pé quente. Como foi o então Biriba, mascote eterno dos alvinegros e dito como grande responsável pelas vitórias do Glorioso há 60 anos. A presença de Biriba (leia sobre o talismã alvinegro na edição do dia 16/5 do Jornal dos Sports), segundo os supersticiosos, quebrou um jejum de 13 anos de azar, ou seja, sem títulos.
Sei que você está rindo e balançando a cabeça, nobre leitor, mas... me conta, em nenhum momento de sua vida, por acaso, você sentou sempre no mesmo lugar na arquibancada do Maracanã, pois do contrário o seu time não venceria? Então caro leitor, qual a sua superstição?

terça-feira, 6 de maio de 2008

Papo com o leitor

Flamengo e Botafogo, Botafogo e Flamengo. O resultado certamente vai deixar o Rio de Janeiro mais feliz. Bandeiras, buzinaços, bares e restaurantes cheios de torcedores comemorando a vitória de seu time de coração, mas com moderação. Será sem dúvida uma das mais bonitas festas esportivas que essa cidade já viu.

Sim, mas seria uma comemoração como tantas outras ao longo da história dos campeonatos do Rio de Janeiro, diria o leitor mais atento. Na verdade, esse parece ser especial. Desde pequeno, quando freqüentava o Maracanã, com a velha arquibancada de cimento com meu tio, que não via a cidade tão colorida por bandeiras nas varandas dos apartamentos, pessoas vestidas com os “mantos” de seus clubes, nos sinais de transito vendidas por camelôs e nos carros circulando pelas ruas da cidade maravilhosa. Colorido esse que desapareceu com os constantes conflitos entre torcidas organizadas. A forma de demonstrar sua paixão por um clube, se resumia ao estádio e apos a partida, a camisa era retirada para evitar agressões. Tempos sombrios esses.

Hoje, vejo várias pessoas comprando bandeiras enfeitando os carros, sem que algum engraçadinho de outra torcida, tente retira-la do veículo. Em cada sinal de transito, existe um ambulante vendendo muitas faixas, camisas de procedência duvidosa com sotaque “porteño” e bandeiras bem grandes, não em mastros de madeira, mas em PVC. O bacana é a grande aceitação, por parte dos consumidores. O Rio está diferente. Isso é muito bom.

Quem vença a melhor equipe no jogão de hoje. O torcedor já ganhou em alegria, espontaneidade, colorido, musicalidade, educação e até a volta do pó-de-arroz. Sem dúvida a torcida carioca está de parabéns pelo belo exemplo de civilidade e paz nos estádios. Bons exemplos são para ser seguidos.