A questão AVALIAÇÃO já nasce com todos nós. Somos avaliados pelos médicos para sabermos se seremos normais ou não. Quando ainda no berçário iniciamos um outro processo, o de EXPLORAR o entorno e assim adquirimos os primeiros conhecimento de mundo, ao alcance das mãos e com o mimo dos pais que acham “bonitinho” o que tentamos fazer.
Depois na educação familiar, voltamos a ser avaliados pelos nossos atos, conceitos familiares e dogmas religiosos. Recebemos elogios se seguirmos sem questionar ou se exploramos novos rumos recebemos o castigo pois não somos exatamente como nossos pais querem.
Com o passar do tempo somos avaliados pela cor da pele, pela posição social, pelos grupos que frequentamos e pelo próprio grupo social. Ser “ariano” e politicamente correto ou ser castigado pelas diferenças?
Depois chegamos a escola e “da-lhe” avaliação conceitual, moral e social. Eu finjo que estudo e o professor finge que ensina. O castigo da nota é implacável com aqueles que não reproduzem os conhecimentos, que questionam e querem transcender a mesmice explorando outros conhecimentos. Feliz é aquele que segue as regras, escuta pacientemente e “saca” belas notas 10.
Nos formamos e mais uma vez somos avaliados pelo mercado de trabalho, muito cruel, é verdade, mas faz parte do contexto. O mercado absorve um sujeito multifacetado, que explora sua criatividade, participativo e capaz de qualificar-se constantemente, mas esquece de cobrar tal perfil aos seus chefes de departamentos. O castigo é a demissão, do funcionário que faz uso dos diferentes conhecimentos que adquiriu.
Envelhecemos e, como tudo na vida possui um ciclo, procuramos explorar novos desafios, novas fronteiras, quebramos velhos paradigmas, mas os mais novos não entendem e nos rotulam de “velhos gagás”. O asilo da falta de compreensão nos espera.
Ao baixarmos sepultura, em tese, chega nossa última avaliação, ou seja, somos dignos de adentrar o Reino dos Céus ou cair nos braços de Satanás. Será que não poderemos explorar o novo mundo espiritual? Ou temos que aceitar as formas dogmáticas existentes?
A avaliação é a nossa segunda pele ou consciência ativada pelo meio social. Ao explorar nossas potencialidades, corremos o risco de receber rótulos por parte dos professores, por exemplo. O tutor é um constante avaliador, porem, bem próximo do que podemos chamar de ideal. O tutor nos acompanha conceitualmente, nos norteia no ambiente virtual de aprendizagem e nos conduz a desabrochas nossas potencialidades. Regado é claro, de muita paciência, tato, percepção social e conhecimento conceitual. Uma avaliador/construtor, por que não? Seremos sempre avaliados, mas o que você vai fazer com o resultado pode ser um grande diferencial.
Não quero ser radical, mas se não quiser ser avaliado, bem, pede para não nascer.