É o preço do progresso. Já ouviram esta frese? Ela existe para justificar as perdas em detrimento aos avanços sociais, tecnológicos e mercadológicos. A cultura, os costumes, os dogmas, os velhos prédios históricos, a pracinha onde brincávamos na infância e tantos outros fatores que nos acostumamos a ver e usufruir dão lugar a uma nova construção ou forma de viver. Assim nossa sociedade sofreu grandes mudanças com a chegada da Globalização e sua quebra de paradigmas.
Uma das mais significativas ocorreu com a escola. Outrora um lugar onde se aprendia o B-A-Bá, hoje deu lugar ao depositário de crianças.
Pera aí, Larosa. Depositário de crianças! Ficou maluco!. Escola é importante e coisa séria. Ou você acha que não?
Calma, caro leitor! Explico. Quero dizer que para sobreviver no Varejo Educacional, onde um várias escolas ou instituições de ensino superior competem entre si em busca do maior número de alunos para mante-las vivas no mercado educacional.
No caso da velha escola, seu papel começou a cambiar quando os pais passaram a buscar mais espaço no mercado de trabalho. Em nome da empregabilidade e melhor condição de vida, a mulher passou a ocupar seu espaço e buscar a satisfação profissional. Com esse novo perfil do comportamento do consumidor qual é o novo papel da escola? Se resume em ensinar o B-A-Bá?
Não, caro leitor. Os pais matriculam seus filhos muito cedo nas creches ou pré-escolas e depositam nos ombros da instituição a obrigação de educar seus filhos, inclusive moralmente. No passado, no meu passado, os meus pais me ensinaram (pelo menos tentaram) os valores mais importantes para eles. Os dogmas religiosos, comportamento social ideal e noções de certo u errado. Hoje essa responsabilidade é passada para a escola, mesmo que inconscientemente, ara alguns pais. Ao matricular seu filho, cada pai deveria promover uma verdadeira auditoria na escola e buscar informações sobre sua visão de mundo, seus objetivos, missão pedagógica, a religião de seus dirigentes (assim evita-se o futuro conflito) e por ai vai.
Calma, Larosa. Sei que hoje tudo o que você está descrevendo é verdade, mas a escola ode se manter neutra no seu papel de educar.
Sim leitor, pode. Se a escola se manter fiel aos princípios norteadores do início do Século passado ela corre um sério risco de perder seus alunos/clientes. Já que essa mesma escola não pretende assumir a educação moral e de valores dos filhos dos cliente, o concorrente direto está disposto a recebe-los de braços abertos, atendendo assim a necessidade emergente social.
Chegamos a uma encruzilhada para os Gestores Educacionais. Como manter as tradições e neutralidade sem perder alunos? A escola deve deixar de lado sua cultura interna de anos para entrar de vez no Varejo Educacional e manter suas portas abertas? Como educar para a vida sem envolver os valores que norteiam o pensamento da instituição?
Afinal, qual é o verdadeiro papel da escola?
A resposta está com vocês, leitores.
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