Feriado é feriado no Rio, mesmo que o sol esteja entre nuvens, mas é motivo para o encontro dos amigos torcedores no orla da cidade. Entre um chopp e outro notei que a tristeza de dois queridos tricolores, Ana e Cláudio, que diga-se de passagem estiveram ontem aos pés do Cristo redentor participando da missa campal promovida por ilustres tricolores para espantar a”zica” e de quebra a “uruca” das pernas dos jogadores do Flu, que não tem acertado um passe e o gol então.... Ihih.., bem longe das traves. Eles contaram que nunca pensaram que um dia no vida de torcedor de tantas glorias futebolisticas tivesse que recorrer a “Fé” para sair de uma posição incômoda.
É Larosa, nem quando o clube foi rebaixado para a terceira divisão me incomodou tanto. Ontem senti uma dor profunda e quando apelamos para o misticismo é que a coisa está fora de controle. Afinal, quando apelamos a Deus, é que as esperanças nos homens já não existem mais, disparou Ana, parecendo ainda não acreditar que trocou a hora do almoço por uma missa em ação de graças ao desespero tricolor.
Calma aí, Larosa! Exclamou Cláudio Os flamenguistas não, podem rir dessa situação pois sempre recorrem à São Judas Tadeu nas horas difíceis. Até o padre da igreja tem que ser rubro-negro. Existe um time mais místico que o Flamengo?
Você tem razão, Cláudio Os flamenguistas não escondem sua fé, muito pelo contrário, se a fé coletiva faz parte da cultura social do povo brasileiro e a torcida do Flamengo é a grande massa carioca e nacional, que encarna esse perfil do nosso povo é normal recorrer à “Fé” como possível solução, ou até, alento para os males gerencias dos clube, se é que você me entende. Cláudio, você esqueceu do João de Deus? Você mesmo entoou este cântico nas arquibancadas do Maracanã, lembra?
A manifestação de ilustres tricolores, somados à alguns não tão ilustres assim, significa que neste momento a união terá que fazer a força para livrar o time do rebaixamento no Brasileirão. No meu ponto de vista os clubes cariocas deveriam profissionalizar os departamentos de futebol e só assim, não passaríamos por situações humilhantes de rebaixamento e motivo de gozação em estados como São Paulo. Lembro de um slogan: Administrar é para administrador. O que não ocorre nas direções de nossos clubes.
Deixando de sonhar com dias melhores, o jeito é clamar à Deus. Então, ora quem tem fé.