Todos os anos ouvimos dos dirigentes esportivos que os tempos serão outros e uma “nova era” será instaurada na agremiação e o futebol será um sucesso, disputaremos todos os campeonatos e seremos campeões da Copa Libertadores, blá, blá, blá.... O tempo passa, o tempo voa... e os dirigentes continuam numa boa, ou seja, os mesmos. No futebol carioca então, nem se comenta mais sobre o fato.
Hoje, caro leitor, gostaria de mostrar a você que estou de saco cheio das “novelas” envolvendo os jogadores Carlos Alberto (Vasco) e Ibson (Fla), já que o Thiago Neves (Flu) retornou ao time de origem, e aqui vou dar voz ao torcedor que, indignado com a situação, não pode ser ouvido. Para ele os dirigentes deixam para resolver a questão em cima da hora. Os jogadores envolvidos não tem cabeça para se concentrar nas partidas e acabam crucificados por parte da torcida, devido ao baixo rendimento. Lembram do Thiago Neves no Fla-Flu? Do próprio Carlos Alberto, contra o Bragantinho? Então os dirigentes vivem um drama financeiro e não podem manter o jogador adquirindo o passe ou o descaso impera, pois sabem que terão de devolve-lo no final do empréstimo? Os dirigentes não podem recorrer a velha matemática e ao torcedor para manter o jogador?
Caro, leitor. Respondo a você que as duas alternativas acima estão corretas. A mais correta ou variável dependente seria a segunda. Os dirigentes realizam um “sacrifício financeiro” para repatriar o jogador, mas, de ante mão, já sabem a data do retorno, então não se preocupam e deixam o tempo passar.
Larosa! Os dirigentes não poderiam lançar uma campanha do “Fica Carlos Alberto” e durante o ano de empréstimo arrecadar a quantia correspondente ao passe do atleta? Caso o Vasco arrecadasse durante 365 dias e seis horas em seu carnê das “Casas Vasco” um Real por mês de cada torcedor, seriam R$ 12/ano. Multiplicando por 100 mil torcedores, seriam R$ 1.200 mil/ano. Para um milhão de abnegados, seriam R$ 12 milhões/ano, correto? O carne das “Casas Vasco”, pago em dia, poderia proporcionar a compra do Carlos Alberto. Ah, mas o jogador foi um fracasso. Então, com transparência, utiliza-se o valor arrecadado em outro craque.
Caro, torcedor. Seguindo a sua lógica matemática e ética posso afirmar que o descaso é a resposta mais correta. E vocês, dirigentes, o que acham da logia das ruas?